Câmara avança com projeto que autoriza a compra de terreno para a Agro Laranjeiras
A matéria 035/2021 pede a autorização do Legislativo para que a prefeitura invista R$30,1 milhões na região da Comunidade KM 08, numa área de 282,7 hectares
A Câmara de Laranjeiras do Sul recebeu nesta sexta-feira (17), um projeto de lei de autoria do Poder Executivo que visa a aquisição de imóvel rural pensando na expansão e desenvolvimento econômico e industrial do município. A matéria 035/2021 pede a autorização do Legislativo para que a prefeitura invista cerca de meio bilhão de reais na região da Comunidade KM 08, numa área de 282,7 hectares
A pretensão é auxiliar a instalação da granja de leitões Agro Laranjeiras, empresa que anunciou em evento histórico no Cine Teatro a pretensão de investir cerca de meio bilhão de reais no município. Conforme o presidente Carlos Alberto Machado-Magrão, a proposta já está na pauta da sessão 040/2021 e seria votada em Regime de Urgência, em duas sessões extraordinárias na noite de ontem (20). Até o fechamento desta matéria a votação ainda não havia encerrado.
O vereador, entretanto, destacou que daria atenção especial à matéria, já que a aquisição da área é um passo fundamental para a instalação desta empresa e para a geração de emprego e renda aos laranjeirenses. A Agro Laranjeiras deve gerar 200 empregos diretos e mais 885 indiretos, somando trabalhos como transporte de animais, transporte de ração, assistência técnica, abate nas indústrias e fábricas de ração.
Trâmite
A compra do imóvel, avaliada em R$ 30,1 milhão, será via aporte financeiro do Governo do Paraná. O primeiro terreno, de 114,6 hectares, foi avaliado pela Comissão de Avaliação de Bens Imóveis em R$ 11,4 milhões.
Os demais, de 121,8 e 46,3 hectares receberam a estimativa de R$ 18,7 milhões. O repasse do valor pelo Governador Carlos Massa Ratinho Júnior foi aprovado nesta semana, em Regime de Urgência e por unanimidade, na Assembleia Legislativa do Estado. O próximo passo é a aprovação da compra pela Câmara.
Agro Laranjeiras
O lançamento da nova maternidade de leitões que promete potencializar ainda mais a suinocultura paranaense ocorreu no dia 10 de setembro. O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou do evento de inauguração no Cine Teatro, anunciando um investimento inicial de R$ 377 milhões no Estado.
A empresa prevê um impulsionamento industrial e a criação de postos de trabalho na cidade, qual o governador anunciou apoio para o empreendimento, visando a compra do terreno onde a fábrica será instalada, mediante transferência de recursos para a prefeitura municipal. O projeto será edificado em uma área de 117 alqueires ou 2.831.400 metros quadrados e a administração local executará as obras de infraestrutura para a construção, que deve ocorrer no ano que vem.
“É uma transformação regional, pois estamos falando da maior planta de produção de leitões do Brasil”, disse o governador. Segundo ele, o projeto influenciará diretamente na melhora do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região. “As cidades precisam de incentivos para se desenvolver. O Estado tem como missão atuar para dar qualidade de vida às pessoas, e garantir emprego e renda é fundamental neste aspecto”, destacou.
Ratinho Junior salientou que o empreendimento vem ao encontro da bandeira defendida pelo Governo do Estado, de uma agropecuária pujante aliada ao desenvolvimento sustentável. “A suinocultura, que já é muito forte no Paraná, desponta entre uma das vocações paranaenses, a partir da produção e da preservação ambiental”, acrescentou.
Infraestrutura
A nova indústria deve contar também com duas unidades produtoras de leitões desmamados, com capacidade de 31,2 mil matrizes (porcas criadoras) e um sítio para abrigar as leitoas que aguardam nova fecundação, somando 130 mil metros quadrados de área voltada à produção suína.
Além destes espaços, o complexo vai contar com 70 residências para funcionários; armazém para 200 mil sacas de milho; uma fábrica de ração de 25 toneladas por hora; uma garagem para veículos, máquinas e equipamentos agrícolas; escritório administrativo; refeitório; lavanderia; balança rodoviária e rodolúvio, onde passam os caminhões para a desinfecção obrigatória. No total, são mais de sete mil metros quadrados de área construída.
O novo empreendimento também deverá movimentar a indústria de agricultura na região: serão necessárias 3,4 milhões de sacas de milho e 1,37 milhões de sacas de soja por ano para dar conta de alimentar os animais.
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