Dia do Neuropsicopedagogo: especialista, Aniele Cruz, fala sobre a importância da profissão
A especialista atende crianças, adolescentes, adultos e idosos. “Oferecemos auxílio efetivo ao indivíduo com dificuldades ou transtornos do neurodesenvolvimento”, afirma
Celebrado hoje (06), o ‘Dia do Neuropsicopedagogo’ destaca a importância de um profissional que atua diretamente no desenvolvimento humano, unindo conhecimentos em neurociência, psicologia e pedagogia. Com um trabalho que ultrapassa os limites da sala de aula, esse profissional é uma peça fundamental na identificação e superação de dificuldades de aprendizagem e transtornos do neurodesenvolvimento, promovendo inclusão e bem-estar social. Para entendermos melhor essa profissão, a neuropsicopedagoga, Aniele Cruz, de Laranjeiras do Sul, nos explica a importância do trabalho e como é sua rotina no dia a dia.
Formação
Para se tornar um neuropsicopedagogo, é necessário concluir graduação em áreas como pedagogia, psicologia ou psicopedagogia, seguida por uma especialização em neuropsicopedagogia. Essa formação prepara o profissional para atuar em diversos contextos, desde o ambiente escolar até clínicas, hospitais e empresas, sempre com o objetivo de potencializar o aprendizado e o desenvolvimento humano. Aniele explica: “Nós temos uma especialização relacionada ao cérebro, ao comportamento e ao processo de aprendizagem. Precisamos compreender esses aspectos para oferecer um auxílio efetivo ao indivíduo com dificuldades ou transtornos do neurodesenvolvimento”.
O dia a dia do neuropsicopedagogo
O trabalho é visto como uma atuação minuciosa, a profissional conta que exige atenção às particularidades de cada indivíduo. “Trabalhamos para que haja um bom aproveitamento e um bom desenvolvimento do ser humano que está sob o nosso cuidado. Isso inclui avaliações detalhadas, elaboração de estratégias personalizadas e intervenções que realmente façam diferença na vida do paciente”.
Ela destaca que o papel do neuropsicopedagogo é amplo e envolve não apenas o indivíduo, mas também seu entorno. “Estamos em constante diálogo com pais, professores e outros profissionais. Nosso trabalho é em equipe, porque o desenvolvimento humano é um processo que exige colaboração. Atuamos para garantir que aquela criança, adolescente ou adulto tenha condições de aprender e de se integrar socialmente”.
Crianças, adolescentes e adultos
Aniele enfatiza a importância de identificar dificuldades ainda na infância, garantindo que as intervenções sejam realizadas precocemente. “Uma criança que não está sendo compreendida no ambiente escolar pode ter seu desenvolvimento comprometido. Precisamos entender se ela aprende melhor visualizando, desenhando, memorizando ou de outras formas, e adaptar o ensino às suas necessidades”.
Entretanto, ela ressalta que o trabalho não se limita a crianças. “Os transtornos neurológicos não são exclusivos da infância. Trabalhamos com adolescentes, adultos e idosos, ajudando-os a superar dificuldades, desenvolver autonomia e, em alguns casos, prevenir condições como o Alzheimer”.
Saúde mental em foco
A pandemia evidenciou ainda mais a importância do trabalho do neuropsicopedagogo. Segundo Aniele, “o aumento dos diagnósticos de transtornos mentais e dificuldades de aprendizagem é notável. Nosso trabalho inclui avaliações para identificar questões que muitas vezes passam despercebidas e que afetam a vida de uma pessoa por anos”.
Ela explica que a abordagem vai além da resolução de problemas imediatos, mirando no impacto a longo prazo. “A nossa missão é ajudar o indivíduo a se conhecer, a desenvolver autocrítica e a conquistar autonomia. Queremos que ele se sinta seguro e capaz, seja no ambiente escolar, no trabalho ou na vida em sociedade”.
Legado
A especialista reflete sobre a relevância da profissão. “Somos profissionais que trazem visibilidade às dificuldades e potencialidades das pessoas. Não trabalhamos apenas para que elas se integrem ao coletivo, mas para que se sintam bem e realizadas em suas particularidades” finaliza.