Doação de sangue em Laranjeiras: saiba como ajudar a salvar vidas
A assistente social Zilda Aparecida Guerra explica as regras necessárias para o bom funcionamento do procedimento e como doar
Ontem (14), foi o Dia Mundial do Doador de Sangue, data que celebra e busca incentivar cada vez mais pessoas queiram doar. Além de disseminar a conscientização mundial sobre a necessidade de se ter sangue seguro disponível para a realização de transfusões, vale também para mostrar o quanto os doadores ajudam o sistema de saúde com essa atitude voluntária e muito mais que isso, ajudam as pessoas que precisam ou que ainda vão precisar.
Outro ponto de destaque neste dia é a importância dos serviços municipais e estaduais na promoção do transporte de doadores até os centros de coleta e principalmente, no fortalecimento de mais ações conjuntas para aprimorar e expandir os programas de doação voluntárias, por meio de campanhas locais e nacionais. A melhor forma de fomentar o gosto pela doação é informar a população sobre o que precisam saber para doar, e quais os benefícios dessa ação.
A assistente social, Zilda Aparecida Guerra, que coordena o processo de doação de sangue em Laranjeiras, relata que as normas para doação são do Hemocentro Regional de Guarapuava e a captação de doadores é feita através da secretaria de Saúde do município, sempre na última quinta-feira do mês, seguindo um cronograma, em que cada município tem um dia para enviar seus doadores para o hemocentro.
De acordo com Zilda seria necessário o envio de até 50 doadores mensais. No entanto, por conta da pandemia o processo de doação ficou restrito. “Foi um tempo de mais cuidados. A prioridade eram os doadores antigos. Os novos eles não estavam aceitando”, conta Zilda.
Regras
São muitas as regras e impedimentos definitivos e temporários para fazer a doação de sangue. Primeiramente é questionado ao possível doador se este é cardíaco, diabético, se teve hepatite após os 10 anos de idade. Nesses casos, essas pessoas não doam, definitivamente. Os impedimentos temporários têm a ver com os indivíduos que usam alguma medicação, que fizeram, recentemente, uma cirurgia, ou exames, aqueles que tem piercings, tatuagens, acupuntura, que trocaram de parceiros sexuais em menos de 12 meses, os vacinados contra a Covid-19 a menos de sete dias, que tem peso inferior a 50 quilos, entre outras imposições.
Além de que, um dia antes da doação, a pessoa tem que dormir no mínimo seis horas, ir bem alimentada, deve evitar alimentos gordurosos, beber muita água, antes e depois da doação e levar um documento de identificação com foto. O uso da máscara é imprescindível também. Os doadores entre 16 e 18 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis.
De acordo com Zilda, a doação, atualmente, é muito mais organizada. Ela conta que há o agendamento, com horário marcado, cerca de 15 minutos por paciente, não mais do que 10 doadores no dia da coleta. “A restrição de número de pessoas acontece por conta da organização do horário, para que não ocorra a aglomeração de pessoas no hemocentro. Tudo tem um cronograma a ser seguido e um protocolo para respeitar”.
Em Laranjeiras
A assistente social explica que a procura em Laranjeiras é boa. “Quando tem a doação a gente atinge um resultado maior, nós temos doadores assíduos, só que no momento ainda há uma dificuldade por conta das regras a serem seguidas”.
Há uma lista de doadores, que são levados através do transporte oferecido pela saúde do município. Para Zilda, só não existem mais doações nos municípios por causa das regras do hemocentro. Ela acredita que futuramente as doações acontecerão no município, o que abrangeria muito mais. “No que tange as doações, há bastante cuidado com os doadores. Sabemos que quem precisa tem que receber um sangue adequado, que não vá prejudicar a saúde de um terceiro. Então tem que ter muitas regras a seguir e essas regras, muitas vezes, causam um impedimento”.