Finados movimenta atividade comercial em Laranjeiras
Lucinéia Mattos proprietária da Floricultura Flor do Campo e Eliane Marcolin da Livraria Vida Nova falam sobre procura e preferência dos clientes
O Dia de Finados é um feriado religioso em memória as pessoas falecidas. Indícios apontam que desde o século 2, os cristãos oravam no túmulo de familiares e mártires.
O dia 2 de novembro foi escolhido como data oficial pela igreja católica no século 13, sucedendo, propositadamente o Dia de Todos os Santos, comemorado em 1º de novembro.
Tradição pelo mundo
No Brasil, os católicos enfeitam sepulturas com flores, objetos religiosos e oram pelos falecidos.
A tradição também é comum em outros países. No México, por exemplo, a data é celebrada com cores e festa durante três dias, quando as pessoas desfilam por ruas enfeitadas, além de preparar altares decorados dentro de casa, com flores e retratos dos falecidos.
A maioria das religiões, desde a pré-história possuem um dia dedicado a lembrar dos mortos. Os Celtas homenageavam e evocavam os que já partiram no dia 1º de novembro. Nos países de religião budista, são feitas procissões com música e desfile de máscaras. No Japão, é comum fazer uma oferenda de arroz e algas para alimentar as almas. Os protestantes não comemoram a data, pois não creem na existência do purgatório.
Comércio
O feriado também mexe com a atividade comercial. Próximo desta data, floriculturas e lojas de artigos religiosos comercializam muito mais que no resto do ano.
Lucinéia Taques de Mattos, proprietária da Floricultura Flor do Campo de Laranjeiras do Sul, percebeu, como nos anos anteriores, aumentar a procura por flores, que as pessoas compram para adornar os túmulos de familiares e amigos.
“A maioria dos meus clientes, que eu já conheço bem, compraram flores comigo”, relata Lucinéia. “A procura só não é maior porque a nossa cidade tem várias floriculturas, e há os mercados que também vendem flores, o que tira alguns clientes, que se dispersam porque tem mais opções. Ainda assim, eu tive boas vendas. Temos uma clientela fixa, pois estamos há 12 anos no comércio”, ressalta.
Entre as opções, a floricultura vende flores naturais e artificiais, vasos e galhos de flores de várias espécies. “Coroas de flores são pouco pedidas. As pessoas preferem arranjos, algo mais simples e pequeno”, explica Lucinéia.
A Livraria Vida Nova, especializada na venda de artigos religiosos também tem um aumento expressivo na comercialização de seus produtos por conta do Dia de Finados.
De acordo com Eliane Marcolin, dona do estabelecimento, velas e objetos sacros são os mais vendidos nessa época, como crucifixos, castiçais e imagens. “Sempre há um acréscimo nas vendas”, afirma Eliane. “Como as pessoas visitam e cuidam dos túmulos nesse dia, elas renovam os objetos e com a retomada das atividades presenciais, as vendas subiram”, finaliza.