Empresa de delivery já atende mais de sete regiões ao redor de Laranjeiras do Sul em um ano de existência
Não há crise que afaste a atual geração de jovens de empreender. Medo, desafios, riscos e vontade de crescer foram os fatores que andaram juntos no nascimento da Pizzaria Coliseu, em Laranjeiras do Sul, no meio de uma pandemia que alastrava a economia do país.
Após uma década de experiência em empregos em quase todas as pizzarias da cidade, Marisa Miranda, de 24 anos, sabia que tinha capacidade de preparar receitas de alta qualidade, mas havia um pouco de receio de iniciar um negócio sozinha.
Até que dois amigos, Felipe Martins, 23, e Emanuel Sampietro, 21, decidiram juntar as forças, pesquisar e se aventurar na criação de uma nova empresa no mercado. Confira a seguir detalhes por eles revelados dessa trajetória em entrevista para a série do Correio do Povo, “Jovens Empresários”.
Correio: Como surgiu a ideia de iniciar o novo empreendimento?
Felipe: Quando fomos acometidos pela pandemia, Marisa estava se desligando do antigo emprego e pensando em focar mais nos estudos. Eu, que já sou amigo de longa data dela e do Emanuel, pensei em aproveitar a oportunidade para arriscar no negócio. Sabíamos que tínhamos ferramentas para inovar.
Então conversei com a Marisa e estudamos a proposta. Precisávamos de uma base para saber se esse sonho poderia se tornar real, mas não nos prendemos totalmente nisso, porque se você pensa demais, não faz. É necessário arriscar e ir se adequando conforme o tempo.
Correio: Vocês já possuíam experiência? Como foi?
Marisa: Nós três estudamos agronomia. Além disso, eu trabalho nas pizzarias da região desde os 14 anos; tenho cursos técnicos. De início, pensamos em abrir no ramo de delivery pois havia a quarentena – ou seja, as pessoas não frequentavam tanto os estabelecimentos.
Aos poucos, fomos estruturando as ideias, organizando as contas e buscando qualificar nossos equipamentos para fornecer os produtos com qualidade. Nossos equipamentos são todos novos, as matérias-primas são detalhadamente escolhidas e prezamos muito pelos motoboys.
Correio: Considerando que vocês abriram a Coliseu na pandemia, quais dificuldades enfrentaram?
Marisa: Um dos principais medos era de ter que fechar a qualquer momento. Nossa dificuldade foi de apresentar um modelo inovador, uma pizzaria com um conceito diferente. Nós prezamos pelos produtos, pelas montagens, pelas fotos. Tudo precisa ser minuciosamente cuidado.
Felipe: Lidar com o diferente é sempre um desafio. Tudo exige um hábito, que não possuíamos até então. Por isso foi preciso acreditar, acima de tudo. E buscar meios para qualificar nosso produto, então prezamos muito a qualidade. Aos poucos, vimos que havia retorno, que superou as expectativas: conquistamos o coração e o paladar do povo.
Correio: Como vocês dividem as funções?
Emanuel: Nas atividades diárias, a Marisa comanda a cozinha, eu ajudo a fazer as pizzas, o Felipe e Sr. Antonio cuidam das vendas e do atendimento, temos outra auxiliar na cozinha, a Silvia. Fora da pizzaria, a Marisa trata com os fornecedores e controla os estoques; o Felipe faz o marketing e eu e o Sr. Antonio cuidamos do financeiro.
Correio: Quais são os planos para o futuro da pizzaria?
Marisa: Primeiro visamos nos estabilizar mais, mas temos em mente abrir um lugar fixo para servir e receber pessoas. Nós já atendemos em delivery, aos finais de semana, cidades como Cantagalo, Virmond, Porto Barreiro, Rio Bonito, Nova Laranjeiras e as comunidades de Passo Livre e a parte do Rincão Grande; a longo prazo expandiremos para outras cidades próximas.
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