Nutricionista fala da importância da creatina para pacientes acima dos 55 anos

De acordo com a especialista Andreia Coradeli, ao consumir o suplemento, os pacientes apresentaram melhora na densidade óssea e menor risco de fraturas e lesões

A creatina é uma molécula orgânica crucial presente em todos os mamíferos, desempenhando um papel fundamental no fornecimento de energia para diversas atividades cotidianas. Ela representa uma fonte primordial de energia em muitos esportes e exercícios intensos, além de ser utilizada por pessoas mais velhas para auxiliar na recuperação após lesões ou doenças.
À medida em que se envelhece, a produção de creatina pelo corpo humano diminui progressivamente, resultando na redução dos níveis de energia. Esse declínio pode se manifestar através da perda de força, resistência e equilíbrio. Assim, os idosos podem obter benefícios significativos com a suplementação de creatina.

O que é a creatina?

A nutricionista especialista em saúde da família, Andreia Thais Coradeli, explica que a creatina é uma junção de um composto de aminoácido, basicamente uma formação de arginina, glicina e metionina. Esses aminoácidos desenvolvem várias funções importantes para o organismo. “A mais procurada é utilizada nos tecidos musculoesqueléticos, sendo produzida naturalmente pelo nosso corpo e encontrada em alguns alimentos de origem animal, como carnes vermelhas, de frango e peixe”.

Terceira idade

Alguns estudos têm demonstrado que a creatina pode ser utilizada como um auxiliar para a melhora da saúde como um todo, quando aliada a uma alimentação saudável e atividade física regular, principalmente em pessoas acima dos 55 anos.
Andreia ainda complementa que o papel que ela desempenha na formação musculoesquelética promove maior ganho e uso de massa livre de gordura, o que consequentemente gera a melhoria da densidade óssea, diminuindo assim, o risco de e fragilidade fraturas, das lesões e prevenção de perda de músculos que naturalmente acontece no processo de envelhecimento. “Outro benefício da creatina, segundo pesquisas, é seu uso para o funcionamento do sistema cognitivo, ou seja, ela pode induzir uma melhor resposta cerebral. Porém, é importante frisar que provavelmente apenas a suplementação sozinha não trará todos esses benefícios. É imprescindível que o uso esteja aliado a uma boa alimentação e a atividade física”, destaca a nutricionista.

Dosagem necessária

De acordo com a profissional, há muitos fatores que interferem na quantidade ideal de indicação de qualquer suplemento. “Por isso é sempre necessário buscar um nutricionista de confiança antes de iniciar o uso de qualquer suplemento. Mas, de forma geral, a dose indicada será de 3 a 5g ao dia”.

Efeitos colaterais

Andreia aponta que existem muitos estudos em andamento sobre os possíveis efeitos colaterais, principalmente quando se trata da população idosa. “Para os pacientes com algum tipo de doença renal não é indicado fazer o uso sem o acompanhamento médico, já que é comum, nessa faixa etária, uma baixa ingestão de água. Assim o uso da creatina pode promover uma piora em sintomas de desidratação”.
Andreia ainda complementa que “é muito importante aumentar o consumo de água quando fizer o uso do suplemento. Algumas pessoas podem sentir algum tipo de desconforto gastrointestinal, além de diarreia e tontura, no entanto, esses são os menos comuns”.

Como escolher

Quando indicado, a nutricionista diz que os melhores suplementos são aqueles que apresentam um grau de pureza elevado, haja vista que quanto mais puro, melhor. “No Brasil quem faz a análise das melhores marcas do mercado é a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), que por meio de um ranking avalia as marcas em relação ao grau de pureza da creatina, é uma lista de forma geral confiável e vale a pena conferir antes de fazer a compra do produto”, finaliza.