Em pesquisa realizada pelo Jornal Correio, entrevistados afirmam que apesar dos preços altos, o que não tem preço é o que mais tem valor: a união familiar
O que é essencial manter na Páscoa? Esta foi a pergunta feita pelo Jornal Correio do Povo do Paraná em pesquisa pelas ruas de Laranjeiras do Sul.
Essa época, marcada por celebrações religiosas e momentos de união familiar, também reflete os desafios e adaptações enfrentados pelas pessoas em meio a contextos econômicos desafiadores e mudanças na dinâmica familiar moderna.
Em um panorama onde o preço dos produtos típicos da data atinge alturas preocupantes, as famílias se veem obrigadas a repensar suas tradições e encontrar alternativas mais acessíveis. A busca por opções mais em conta, seja na preparação das cestas de presentes ou na escolha dos chocolates, torna-se uma necessidade em tempos de aperto financeiro.
No entanto, apesar das restrições econômicas, para os entrevistados, o valor das tradições familiares permanece intacto. A entrega de presentes, tradicional entre avós e netos, e a reunião familiar continuam a ser inegociáveis.
Os bens de consumo podem ser negociáveis, mas o que não tem preço é o que mais tem valor: a união da família.
Confira o resultado da pesquisa.
Não planejamos nada de diferente para a Páscoa, mas manteremos o costume de doce para os netos. A celebração será em família, seja celebrando com os filhos que estão longe ou só eu e minha esposa. Antigamente era tudo difícil. Lembro de fazer o ninho para o coelho, mas não ganhar nada e hoje, ao menos um docinho sempre tem em casa.
Lauro José Kranz
Agricultor
Laranjeiras do Sul
Neste ano, as compras para a Páscoa serão bem diferentes. O preço, no geral, está nas alturas. Chocolate virou coisa de gente rica. A alternativa é procurar opções mais em conta e manter a tradição com os familiares. O verdadeiro significado da Páscoa está na união e no amor da família. Um ovo simples, feito com carinho, pode ser mais valioso do que um presente caro
Terezinha Viana de Souza
Do lar
Laranjeiras do Sul
Com o preço alto, é preciso repensar na forma de montar as cestas para os familiares. Na minha casa somos só eu e meu marido, mas tenho sobrinhos-netos e familiares e adoro os presentear. Minha dica é não comprar cesta pronta e sim, preparar a sua. Outro conselho é quanto os ovos de páscoa. Os de colher são melhores, mais em conta e ajudam as confeiteiras artesanais.
Marli Palinski Zanovello
Do lar
Virmond
Com a chegada de mais netos este ano, estou decidida a investir ainda mais na celebração da Páscoa. Como proprietária de um Café, percebo o aumento da procura por produtos relacionados a esta época especial, e como avó, compreendo profundamente a importância de criar memórias inesquecíveis para as crianças. Um simples presente pode deixar uma marca duradoura na vida delas. Este ano, estou reservando até R$ 500 para garantir que as crianças sejam surpreendidas e encantadas.
Além do aspecto comercial, reconheço o significado religioso. Vamos trabalhar quinta e sábado, para aproveitar o domingo no interior.
Mariluz Bortoluzzi
Proprietária Café Filhas de Tereza
Laranjeiras do Sul
Este ano, estamos enfrentando preços mais elevados no mercado, o que nos obriga a buscar opções mais acessíveis. Optaremos por um tradicional churrasco, mas estaremos atentos às promoções para economizar. A família se reunirá em nossa casa, então ficaremos responsáveis pelo almoço. Quanto aos presentes para as crianças, planejo investir cerca de R$ 200 em chocolates, considerando minha filha e afilhados.
Quanto à programação do feriado, devido ao meu turno de trabalho na Páscoa, minha disponibilidade será limitada durante o dia. No entanto, pretendo aproveitar a companhia da família e dos amigos à noite para celebrarmos juntos.
Carlos Eduardo Rodrigues
Auxiliar de laboratório
Laranjeiras do Sul
Nas Páscoas anteriores, percebo que costumávamos nos reunir mais, passar mais tempo em família. Hoje em dia, vejo que mudou, especialmente em casa, onde há muitas restrições alimentares devido às intolerâncias das criança. Na correria do dia a dia, parece que estamos esquecendo a importância de ficar juntos em família.
Em relação ao consumo, sempre gastamos um pouco mais devido às intolerâncias alimentares das crianças, mas tentamos manter o básico na nossa mesa, mesmo que em menor quantidade. Quanto à programação do feriado, vamos para o interior, como sempre, para relaxar longe da agitação da cidade, em família.
Luciane Vailatti
Professora
Laranjeiras do Sul