Paraná completa um ano da certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação
O prefeito Berto Silva e o vice Valdemir Scarpari estiveram presentes na celebração do primeiro ano
Os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso são reconhecidos internacionalmente como zonas livres de febre aftosa sem vacinação. Ao todo, são mais de 40 milhões de cabeças que deixam de ser vacinadas, o que corresponde a cerca de 20% do rebanho bovino brasileiro, e 60 milhões de doses anuais da vacina que deixam de ser utilizadas, gerando uma economia de aproximadamente R$ 90 milhões ao produtor rural.
O reconhecimento concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), na 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE completou um ano na última sexta-feira (27) e já traz reflexos na agropecuária do Paraná, o maior produtor de proteína animal do País.
O prefeito Berto Silva e o vice Valdemir Scarpari estiveram presentes na celebração do primeiro ano do Estado como área livre de febre aftosa sem vacinação e comemoração dos 10 anos de fundação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), que aconteceu nesta terça-feira (31) no Palácio Iguaçu em Curitiba. O empresário Jorge Munari, também esteve presente no evento e discursou em nome da Agro Laranjeiras.
Entidades do setor produtivo que ajudaram a conduzir o processo também participaram. O governador Carlos Massa Ratinho Júnior discutiu sobre os reflexos do reconhecimento na agropecuária paranaense e as projeções para o futuro. “Essa foi a maior conquista do agronegócio paranaense nos últimos 100 anos. Mais do que um grande produtor de alimentos, queremos ser o supermercado do mundo para industrializar tudo o que produzimos. Fazer com que a matéria-prima passe pela indústria e chegue ao exterior embalada e congelada”, declarou.
Em entrevista para a Agência Estadual de Notícias (AEN), o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destaca o que o Estado tem praticado atualmente para garantir a abertura de novos mercados para a carne e outros produtos de origem animal, oriundos do Paraná. Já considerando esse reconhecimento, o Estado conta com investimentos bilionários de cooperativas e frigoríficos nos diferentes segmentos pecuários. “Todo o movimento para obter a certificação foi feito para vender os produtos paranaenses. Temos produção, qualidade e, agora, condição sanitária reconhecida, o que amplia a capacidade competitiva contra nossos concorrentes”, destaca Ortigara.