A indústria de transformação foi o setor que mais gerou empregos formais na Cantu, no primeiro semestre de 2016. É o que apontam dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados na última quarta-feira (27). O saldo foi de 230 novas vagas.
O cenário apresentado na microrregião é bem distinto do geral do estado, que teve o setor de serviços como campeão de vagas com carteira assinadas de janeiro a julho deste ano, com uma diferença positiva entre admitidos e demitidos de 1.831 empregos. O mesmo setor, na Cantu, ficou em terceiro lugar (61), precedido da Construção Civil (94).
Já o segundo colocado no estado, a agropecuária, que teve saldo de 1.471 vagas, apresentou o pior resultado somadas as cidades que compõem a Cantu, com 57 demissões a mais que contratações.
ACUMULADO
No acumulado de janeiro a junho, o saldo estadual foi negativo em 16.512 vagas, fruto da diferença entre 568.161 admissões e 584.673 demissões. Já os municípios da Cantu, juntos, tiveram saldo positivo na geração de empregos, com 387 contratações a mais do que demissões no primeiro semestre. Em 2015, a região havia fechado o ano no negativo, com a diferença de 235 demissões sobre as admissões.
COMPARATIVO
O município que teve maior destaque em geração de empregos até agora, comparando todo o ano de 2015 com o primeiro semestre deste ano, foi Quedas do Iguaçu, que superou o saldo negativo do ano passado e ainda conquistou outras 171 novas vagas.
O município também é o principal responsável pelo impulsionamento do aumento de vagas com carteira assinada na região, pois é responsável 229 destas, além de puxar o setor de indústria de transformação, do qual detém, coincidentemente, 229 vagas no saldo geral.
Outro município que vem conseguindo reverter o quadro negativo de 2015 é Ibema, que ano passado fechou o balanço com a perda de 142 vagas com carteira assinada e este ano já conta com 56 abertas, diferença de 86 vagas.
Em seguida aparece com destaque Nova Laranjeiras, que não fechou o ano no negativo, mas com apenas três admitidos a mais que demitidos. No entanto, neste primeiro semestre o município já apresenta saldo positivo de 71 vagas. Por fim, Laranjeiras do Sul também tem demonstrado a melhor recuperação, fechando 2015 com 27 pessoas demitidas a mais do que contratadas e este ano apresenta saldo positivo de 57 vagas.
Já o município da região com desempenho mais preocupante é Pinhão, que fechou ano passado com 247 demissões a mais que contrações e este ano já apresenta 119 vagas a menos com carteira assinada no mercado.
Reserva do Iguaçu também não apresenta um saldo muito animador. Embora tenha fechado 2015 com 54 novas vagas, este ano o balanço entre contrações e demissões apresentou apenas uma vaga a mais.
DESEMPENHO
Os municípios da região que tiveram melhor desempenho no primeiro semestre foram Quedas do Iguaçu, com saldo positivo de 229 vagas, Nova Laranjeiras, com 71, e Três Barras do Paraná, com 61. Já os município que tiveram mais demissões do que contratações no primeiro semestre foram, além de Pinhão com -119, Catanduvas (-15) e Espigão Alto do Iguaçu (-14).
CENÁRIO ESTADUAL EM JUNHO
O Estado fechou junho com um saldo negativo de 7.130 postos formais de trabalho – diferença de 87.374 admissões e de 94.504 demissões. No mesmo período do ano passado, o saldo havia sido negativo em 8.893 empregos. Boa parte desse resultado se deve, mais uma vez, à agropecuária, com saldo positivo de 460 vagas, influenciada pelas contratações para a colheita da safra de laranja. Graças ao setor agropecuário, o ritmo de perda de vagas perdeu ritmo no estado, afirma a economista Suelen Rodrigues dos Santos, do Observatório do Trabalho da Secretaria de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos. Mas em junho já se observa uma redução da trajetória de perdas de postos de trabalho, diz.