O perigo do ovário policístico

Todo o conjunto de sintomas associados a essa síndrome está intimamente relacionado a um aumento da produção de hormônios androgênios

Algumas mulheres, ao contrário da maioria, não apresentam um ciclo menstrual regular. A primeira coisa que percebem é que o intervalo entre uma menstruação e outra geralmente é muito mais longo que o normal, podendo chegar a meses. Também relatam o aparecimento de acne, aumento da oleosidade da pele, pelos no corpo e ganho de peso. A medicina explica: trata-se de um caso típico de ovários policísticos.

A enfermeira Keullin Oliboni esclarece que os ovários policísticos não são uma doença e sim, uma síndrome, caracterizada pela anormalidade do eixo endócrino da mulher. “Ela produz estrogênio, mas não tem ovulação e os folículos ficam parados. Decorre daí o desenvolvimento de vários pequenos cistos nos ovários, explica.

De acordo com a enfermeira, todo o conjunto de sintomas associados a essa síndrome está intimamente relacionado a um aumento da produção de hormônios androgênios (masculinos). Esses hormônios são produzidos em pequena quantidade por toda mulher durante o ciclo menstrual e têm papel fundamental no aumento da libido durante a fase ovulatória, período no qual ela precisa despertar o desejo para o encontro sexual.

 

PRINCIPAIS SINTOMAS E SINAIS

De acordo com Keullin, ciclos irregulares, menor frequência de ovulação e dificuldade para engravidar podem ser características comuns da síndrome dos ovários policísticos. O distúrbio ainda favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, do diabetes tipo 2 e obesidade. Quando há excesso de hormônios masculinos, os sinais observados são:

  • Crescimento anormal de pelos nas regiões do baixo ventre, seios, queixo e buço;

  • Aumento da oleosidade da pele e aparecimento de espinhas e cravos;

  • Queda de cabelos;

  • Aumento do peso;

  • Manchas na pele, principalmente nas axilas e atrás do pescoço.

 

DIAGNÓSTICO

Para diagnóstico, depende de avaliação completa, que exclua variáveis como problemas com a tireoide ou a glândula suprarrenal. Consulte um médico especialista para realização do exame, solicita Keullin.

 

TRATAMENTOS

Conforme explica Keullin, é uma síndrome que pode ser controlada por medicamentos. Estes variam de acordo com o quadro de sintomas da paciente e suas complicações. Cada caso deve ser avaliado pelo médico para que seja receitado a melhor solução.