Itaipu leva transição energética ao Show Rural Coopavel 2025

Usina vai mostrar aos visitantes a importância de investir em energia limpa para vencer a crise climática

A Itaipu Binacional marca presença na maior feira do agronegócio da América Latina, o Show Rural Coopavel 2025, que acontece de 10 a 14 de fevereiro, em Cascavel (PR), trazendo um dos temas mais relevantes para o setor agrícola e para toda a sociedade: a transição energética. Reconhecida por seu pioneirismo no setor elétrico, a binacional reforça a necessidade urgente de substituir combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral, por fontes de energia mais limpas, sustentáveis e economicamente viáveis, contribuindo para um futuro energético mais responsável e eficiente tanto no campo quanto na cidade.

Em um estande moderno e renovado, com diferentes atividades e ativações, a Itaipu vai mostrar na prática algumas de suas iniciativas, em especial os investimentos em biometano, energia solar e hidrogênio de baixo carbono, além do apoio ao desenvolvimento do combustível sustentável de aviação (SAF). O incentivo à transição energética faz parte do programa Itaipu Mais que Energia, alinhado às políticas do governo federal. Outras ações do programa, diretamente relacionadas ao campo, serão destacadas em telas em que o público vai poder conhecer melhor os resultados do que está sendo feito em seu território.

Mergulhado no tema das mudanças climáticas e suas consequências – secas, enchentes, queimadas, calor excessivo e desmatamento, entre outras –, o visitante é convidado a um passeio reflexivo, que mostra a importância de nossas escolhas para a construção de um futuro sustentável, e das energias limpas para que isso seja viável.

Segundo o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, “a transição energética oferece diversas oportunidades para transformar a agricultura, tornando-a mais sustentável e alinhada com os objetivos climáticos globais. Ao mesmo tempo, práticas agrícolas mais verdes podem contribuir para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e gerar fontes de energia renovável”.

Confira a seguir mais detalhes sobre os temas do estande da Itaipu, e também sobre a programação da binacional durante o Show Rural Coopavel 2025.

Biodigestores e Biometano

Com o apoio da Itaipu, a tecnologia dos biodigestores já chegou a diversos municípios e produtores rurais em todo o Paraná. Transformando os resíduos orgânicos em biogás, que pode ser convertido em biometano. Os biodigestores são uma fonte de renda, uma forma sustentável de gestão de resíduos e uma fonte alternativa de energia limpa, com o biogás.

A binacional já desenvolveu projetos em Toledo (central que trata dejetos de aproximadamente 41 mil suínos, gerando energia elétrica suficiente para abastecer cerca de 1.500 residências de médio porte); Entre Rios do Oeste (instalação de biodigestores em 19 propriedades rurais que geram parte da energia utilizada na iluminação pública do município); Marechal Cândido Rondon, Santa Helena e São Miguel do Iguaçu.

Além disso, somente por meio do Edital 1 – do Programa Itaipu Mais que Energia, estão sendo instalados um total de 534 biodigestores de pequeno porte para resíduos orgânicos. Até o momento, 291 biodigestores já foram instalados. Em Belém (PA), cidade que sediará a COP30, a Itaipu Binacional, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) do Pará e a prefeitura municipal instalaram 32 biodigestores em escolas, que servem para a produção de energia e de conhecimento, levando aos alunos educação ambiental na prática.

Os projetos exemplificam o compromisso da Itaipu Binacional em promover o uso de energias renováveis e práticas sustentáveis no agronegócio, beneficiando produtores rurais e contribuindo para a preservação ambiental.

Energia Solar e Usinas Flutuantes

A Itaipu também leva ao Show Rural iniciativas que podem ser colocadas em prática tanto por grandes players do agronegócio quanto por produtores rurais de pequeno porte. A empresa explora o uso de painéis solares em diferentes contextos, incluindo a instalação de uma usina solar flutuante no reservatório da hidrelétrica, em caráter experimental.

Entre as vantagens do projeto, estão o desenvolvimento tecnológico de soluções sustentáveis na área de energia, a criação de novos negócios e a otimização do uso do reservatório. “A solução encontrada aqui na Itaipu poderá servir de espelho para a instalação de projetos semelhantes em outros reservatórios brasileiros”, afirmou Enio Verri, lembrando que o Brasil detém hoje uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, baseada na geração hidroelétrica.

No primeiro edital do Programa Itaipu Mais que Energia também está previsto o investimento para a instalação de 42.674 kWp (quilowatt-pico) em placas solares em municípios do Paraná e do Sul do Mato Grosso do Sul, energia equivalente ao consumo médio de um município com 100 mil habitantes. Além disso, um convênio entre a Itaipu Binacional e a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná (Femipa) viabilizará a implantação de quatro usinas fotovoltaicas e 29 pequenas usinas em hospitais filantrópicos do estado. O projeto fornecerá 18 megawatts de energia solar para suprir parte da demanda dessas instituições, garantindo uma economia estimada de R$ 11,7 milhões por ano. O investimento permitirá que os recursos antes destinados à conta de luz sejam redirecionados para a melhoria dos serviços de saúde oferecidos à população.

Hidrogênio Verde ou de Baixo Carbono (H₂V)

A Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec estão na linha de frente quando o assunto é pesquisa e desenvolvimento de hidrogênio verde. Produzido a partir da eletrólise da água utilizando energia renovável, como a hidrelétrica, ele é visto como a chave para a descarbonização de setores industriais e de transporte que dependem de combustíveis fósseis.

O hidrogênio de baixa carbono poderá ser usado como combustível para tratores, máquinas e transporte, além de gerar energia sustentável nas propriedades rurais e produzir fertilizantes mais ecológicos. Com isso, agricultores e pecuaristas poderão reduzir custos, descarbonizar suas operações e valorizar seus produtos no mercado dado os cuidados ambientais com a produção.

Entre os estudos em desenvolvimento nessa área, pela Itaipu e o Itaipu Parquetec, estão o desenvolvimento de sistemas de armazenamento de hidrogênio no estado sólido, que permitem armazenar grandes quantidades, aumentando a densidade energética e reduzindo as pressões de operação de forma segura e eficiente, e uma colaboração com Furnas Centrais Elétricas para desenvolver o primeiro sistema de geração de energia elétrica sustentável a partir do hidrogênio verde. Esse projeto visa integrar um sistema de armazenamento de hidrogênio com uma célula a combustível de alta eficiência, potencializando a segurança energética e a sustentabilidade.

Combustível Sustentável de Aviação (SAF)

A Itaipu Binacional, em parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e o projeto H2Brasil, inaugurou, em junho de 2024, a primeira Unidade de Produção de Hidrocarbonetos Renováveis do Brasil. Localizada na área da usina, essa planta piloto produz um tipo de petróleo sintético chamado bio-syncrude, utilizado na geração de combustível sustentável para aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF).

Com um investimento de 1,8 milhão de euros do governo alemão, por meio do Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ), a planta instalada na Itaipu Binacional é projetada para produzir 6 kg por dia de bio-syncrude, uma mistura de hidrocarbonetos criada a partir de biogás e hidrogênio verde.

O processo utiliza até 50 metros cúbicos normais por dia (Nm³/d) de biogás gerado na unidade de biodigestão da Itaipu, combinado com 53 Nm³ de hidrogênio verde produzido pelo Itaipu Parquetec. O bio-syncrude produzido na Unidade de Produção de Hidrocarbonetos Renováveis será enviado para o Laboratório de Cinética e Termodinâmica Aplicada (Lacta) da UFPR, em Curitiba, para caracterização e refino, visando obter frações de combustível sustentável para aviação.

O SAF pode beneficiar diretamente a agricultura e a pecuária e, no futuro, poderá ser usado em aeronaves agrícolas para aplicação de fertilizantes, pesticidas e irrigação, transporte de produtos rurais e ainda ampliando a cadeia de produção local: os agricultores podem ser fornecedores de matéria-prima para a produção de SAF, gerando uma nova fonte de renda a partir de resíduos.

Vitrine Tecnológica de Agroecologia

Este ano, a tradicional Vitrine Tecnológica de Agroecologia (Vital), que há 20 anos é um dos espaços mais concorridos do Show Rural Coopavel, traz o tema “Construindo Conhecimento Agroecológico”. O público vai conhecer na prática várias tecnologias voltadas à agricultura orgânica e sustentável. O espaço, formado por diversas instituições, tem na Itaipu sua mantenedora.

A Itaipu promoverá suas iniciativas por meio da exposição das Plantas Medicinais, Condimentares, Aromáticas e Alimentícias Não Convencionais, destacando seu papel na conservação do patrimônio genético e cultural. Além disso, apresentará o trabalho desenvolvido no Refúgio Biológico Bela Vista com meliponídeos, evidenciando a importância econômica e ambiental das abelhas nativas sem ferrão para a biodiversidade e a sustentabilidade.

A Vitrine se configura como uma pequena propriedade rural diversificada, oferecendo conteúdos relevantes para pequenos agricultores familiares, indígenas, quilombolas e assentados. Neste ano, trará novidades e inovações, como um protótipo de galinheiro móvel, uma maquete viva de cultivo suspenso, além da introdução de espécies comerciais de flores cultivadas a campo e em vaso. O espaço também apresentará informações sobre turismo sustentável e práticas para a preservação da saúde, ampliando o conhecimento e as oportunidades para os visitantes.

O esforço conjunto da Itaipu e de seus parceiros no espaço da Vital permite apresentar alternativas sustentáveis de produção agrícola, promovendo geração de renda para agricultores familiares. A iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), reforçando o compromisso com práticas que conciliam desenvolvimento econômico, preservação ambiental e inclusão social. A iniciativa faz parte do Projeto Vitorias (Vitrines Tecnológicas para Agroecologia e Sustentabilidade), resultado da parceria entre a Itaipu, por meio do Programa Itaipu Mais que Energia e governo federal, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e a Fundação de Apoio ao Agronegócio (FAPEAGRO), com objetivo de difundir tecnologias para a agroecologia.

Agenda

Na segunda-feira (10), às 9h30, o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, participará da cerimônia de abertura do Espaço Impulso e, logo em seguida, do painel “Políticas Públicas para Sustentabilidade no Agro”.

Na sequência, às 11h, na Vitrine Tecnológica de Agroecologia, a Itaipu assina convênio com o Centro Popular de Saúde Yanten para realização de ações de popularização do uso de Plantas Medicinais, Condimentares e Alimentícias Não Convencionais e de práticas de desenvolvimento sustentável em comunidades da microrregião de Foz do Iguaçu.

O projeto visa promover o empoderamento dos participantes por meio da capacitação, acompanhamento técnico, formação e incentivos para o cultivo e uso de plantas medicinais e alimentícias não convencionais, bem como para a adoção de práticas de desenvolvimento sustentável.

Também na segunda-feira (10), às 16h, no Espaço Impulso, o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, será um dos participantes do painel “ESG na Prática: Vantagens Competitivas e Sustentáveis para o Agro”.

Atendimento à imprensa

Os colegas jornalistas que farão a cobertura do evento podem encontrar material de apoio com textos, fotos e vídeos no link https://bit.ly/3Qahbyg. Os materiais serão atualizados ao longo da semana. Nossa equipe fica à disposição para esclarecer dúvidas e agendas entrevistas com nossos diretores e técnicos.

Contatos
• Ana Paula Hedler – Chefe da Assessoria de Comunicação Social (45) 99117-4684
• Fabiane Ariello – gerente interina da Divisão de Imprensa – (45) 3520-5349 ou (45) 98431-7883.
• Giovani Gonçalves Pinheiro – jornalista de plantão no Show Rural – (45) 99933-4607

Sugestões de entrevistados
• Diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri – estará disponível na segunda-feira (10). Favor agendar entrevistas com antecedência pelo telefone (45) 3520-5349 ou (45) 98431-7883.
• Diretor de Coordenação da Itaipu Binacional, Carlos Carboni – estará disponível na terça-feira (11). Favor agendar entrevistas com antecedência pelo telefone (45) 3520-5349 ou (45) 98431-7883.
• Superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Rogerio Meneghetti – Favor agendar entrevistas com antecedência pelo telefone (45) 3520-5349 ou (45) 98431-7883.
• Gerente da Divisão de Ação Ambiental da Itaipu, Ronaldo Pavlak – Favor agendar entrevistas com antecedência pelo telefone (45) 3520-5349 ou (45) 98431-7883.

Q & A – Perguntas e Respostas

O que é transição energética?
Transição energética é o processo de substituição gradual do uso de fontes de energia que emitem altos volumes de gases de efeito estufa, como petróleo e carvão mineral, por alternativas renováveis e de baixo impacto ambiental. No caso da Itaipu, esse conceito é mais do que uma diretriz: é um pilar estratégico que guia a pesquisa, o desenvolvimento e a implementação de novas tecnologias energéticas.

Por que a transição energética é importante?
A transição energética não é apenas uma resposta às mudanças climáticas, mas também uma oportunidade para gerar desenvolvimento econômico, social e ambiental para o Brasil. Ela reduz custos energéticos, aumenta a segurança energética com a diversificação de fontes e melhora a qualidade de vida por meio da redução da poluição. Para Itaipu, que já evitou a emissão de bilhões de toneladas de CO₂ desde o início de suas operações, a transição energética é um compromisso contínuo para garantir um planeta habitável para as futuras gerações.

Qual é o papel do Brasil na transição energética?
O Brasil destaca-se no cenário global por possuir uma matriz elétrica majoritariamente renovável, em que 83% dela provém de fontes limpas, como hidrelétricas (63,8%), eólicas (9,3%), biogás e biomassa (9%) e solares (1,5%). A Itaipu é protagonista nesse contexto, não apenas pela energia que gera, mas também por seus investimentos em pesquisa, inovação e investimentos socioambientais que caminham rumo à sustentabilidade.

Qual a relação da Itaipu com a transição energética?
A Itaipu acredita que a transição energética é uma jornada coletiva e está empenhada em ser uma catalisadora de mudanças, investindo em soluções que conectam tecnologia, meio ambiente e qualidade de vida. Afinal, cuidar do presente é a melhor maneira de iluminar o futuro.

Com o Programa “Itaipu Mais que Energia”, a empresa amplia sua atuação além da geração hidrelétrica, integrando ciência, tecnologia e parcerias estratégicas para liderar iniciativas de transição energética no Brasil e no Paraguai.

A Itaipu reconhece a importância da conservação da Mata Atlântica e investe em ações que visam proteger esse bioma vital. Iniciativas como o esgotamento sanitário adequado, a recuperação de nascentes, a construção de curvas de nível e a manutenção de estradas na zona rural são fundamentais para reduzir a poluição da água e o assoreamento dos rios. Essas medidas não apenas preservam o meio ambiente, mas também garantem a longevidade do reservatório da usina, essencial para a continuidade da geração de energia limpa.

A Itaipu Binacional reafirma seu compromisso com a transição energética e a sustentabilidade, investindo continuamente em tecnologias inovadoras e práticas ambientais responsáveis. Ao promover a conservação da Mata Atlântica, desenvolver novas fontes de energia renovável e implementar ações que preservam os recursos hídricos, a empresa contribui para um futuro mais sustentável e para a manutenção de sua posição como líder mundial na geração de energia limpa.