Paraná possui quarta menor desigualdade de renda do País
O Índice de Gini do Estado registrado em 2023 foi de 0,463. A média nacional foi de 0,518. O índice varia de 0 a 1 e quanto mais próximo de 0, menor a desigualdade do local
O Paraná encerrou o ano de 2023 ostentando o quarto menor índice de desigualdade de renda entre os estados brasileiros, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira, 19 de janeiro. O índice de Gini do estado ficou em 0,463, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Este índice, que varia de 0 a 1, indica a desigualdade em um país ou estado, sendo que valores mais próximos de 0 indicam menor desigualdade.
Comparação
Comparado à média nacional de 0,518 em 2023, o Paraná ficou atrás apenas de Santa Catarina (0,418), Mato Grosso (0,452) e Rondônia (0,455). São Paulo se posicionou em 17º lugar, com 0,504, o Rio de Janeiro em 25º, com 0,540, e o Rio Grande do Sul em 5º, com 0,466.
Esses dados demonstram a evolução do Paraná na redução da desigualdade de renda. Em 2022, o estado ocupava a sétima posição no ranking nacional, conseguindo subir três posições em 2023, alcançando o quarto lugar. Em 2012, no início da série histórica, o índice era de 0,483, enquanto o índice nacional era de 0,540.
De acordo com o IBGE, houve uma tendência de redução da desigualdade entre 2012 e 2015 (de 0,540 para 0,524), mas a partir do ano seguinte, o indicador aumentou, atingindo o pico em 2018 (0,545). Nos anos seguintes, houve oscilações entre estabilidade, queda e aumento, até atingir o menor nível (0,518) em 2022, permanecendo o mesmo no último estudo.
Rendimentos
Em relação aos rendimentos, em 2023 o Paraná registrou uma renda média mensal per capita de R$ 2.046, o que representa o sexto melhor resultado do país, ficando atrás apenas do Distrito Federal (R$ 3.215), São Paulo (R$ 2.414), Rio de Janeiro (R$ 2.305), Rio Grande do Sul (R$ 2.255) e Santa Catarina (R$ 2.224). A média nacional ficou em R$ 1.848.
Comparando com 2022, quando o rendimento médio dos paranaenses era de R$ 1.873, houve um crescimento de 9,24%, segundo o IBGE. Com essa evolução, a massa de rendimentos do Paraná, que é a soma de todas as rendas das pessoas ocupadas com algum tipo de trabalho em um determinado local, alcançou R$ 18,69 bilhões em 2023, o quarto maior do Brasil e o melhor da região Sul.
Nesse aspecto, o Paraná fica atrás apenas de São Paulo (R$ 87,4 bilhões), Minas Gerais (R$ 29,99 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 29,51 bilhões). Na região Sul, o Rio Grande do Sul registrou R$ 18,5 bilhões de massas de rendimentos, e Santa Catarina, R$ 13,19 bilhões.
A pesquisa do IBGE também revela que em 2023, 46% da população residente no País tinha algum rendimento do trabalho, um aumento em relação ao ano anterior (44,5%). No Paraná, a proporção de pessoas com renda proveniente do trabalho aumentou de 48,5% em 2022 para 50,3% em 2023.
Além disso, os rendimentos provenientes de aluguel e arrendamento tiveram um aumento significativo, com um valor médio de R$ 2.191 em todo o país, representando um aumento de 19,3% em comparação com o ano anterior (R$ 1.836). No Paraná, os rendimentos médios com aluguéis e arrendamentos em 2023 foram de R$ 2.741, um aumento de 46,6% em relação a 2022, quando eram de R$ 1.869.