Paraná: Secretaria da Segurança Pública lança operação para melhorar segurança das mulheres
O trabalho de conscientização será executado nas 32 cidades paranaenses com mais casos de violência contra mulher
Hoje dia (8), a Secretaria da Segurança Pública do Estado detalhou aos demais órgãos estaduais a Operação Mulher Segura, focada no enfrentamento da violência doméstica. Esta iniciativa contará com o suporte de diferentes setores do governo estadual e se dividirá em quatro vertentes para assegurar a proteção das mulheres: realização de palestras, intensificação da execução de mandados judiciais pendentes contra agressores, visitas às vítimas e agressores para monitorar as situações e o acompanhamento de indivíduos já acusados ou condenados por agressão à mulher.
Prioridade
Durante a reunião no Palácio Iguaçu, o vice-governador, Darci Piana ressaltou o empenho em reduzir a violência contra a mulher, afirmando: “Este é um esforço significativo para alcançarmos nossa meta como Governo do Estado. Iniciaremos em municípios com altos índices de agressões, mas nosso objetivo é abranger todo o Estado. Contaremos com o apoio integral da Segurança Pública, incluindo as polícias Militar, Civil, Científica e Penal”.
A primeira-dama do Paraná, Luciana Saito Massa, reforçou que toda mulher tem o direito de viver livre de violência. Ela declarou: “É essencial uma colaboração ampla, envolvendo toda a sociedade e os municípios, para garantir a segurança às mulheres que necessitam”.
O secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, destacou que a prevenção à violência contra a mulher é uma prioridade do Governo do Estado. Além das ações de patrulhamento e investigação, a Sesp promoverá palestras direcionadas às mulheres e ao público em geral, visando orientar sobre a prevenção e denúncia de casos de agressão doméstica, em colaboração com a Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa.
Conscientização
A ação começa em 22 de abril e vai até setembro. As palestras serão feitas por policiais e outros profissionais, abordando temas como prevenção de crimes, enfrentamento da violência doméstica, empoderamento, autodefesa, entre outros. Haverá também palestras ao público geral sobre a conscientização de combate à violência contra a mulher. “Além das palestras, teremos cumprimentos de mandados em abertos de casos de violência doméstica, sexual, de não pagamento de pensão alimentícia, entre outras. Mas o mais importante é a conscientização, que é o que vamos buscar nessas palestras. Por isso o envolvimento de outros órgãos do governo, bem como dos poderes Judiciário e Legislativo nessa operação”, disse o secretário.
O trabalho de conscientização será executado nas 32 cidades paranaenses com mais casos de violência contra mulher. “O objetivo é fazer com que as políticas públicas para a mulher sejam de fato efetivas. Que ao final desse processo tenhamos menos feminicídios, menos casos de lesão corporal e outras ocorrências de violência doméstica. É isso que buscamos”, complementou Teixeira.
Já os cumprimentos de mandados de violência doméstica em aberto serão reforçados pela Polícia Civil, comandadas pelas Delegacias da Mulher, com o apoio da Polícia Militar – incluindo as patrulhas Maria da Penha e Rural. A Polícia Civil também vai acompanhar mais de perto o dia a dia das mulheres vítimas de violência e seus agressores. A operação vai visitar ambas as partes no objetivo de evitar a reincidência de crimes contra a mulher.
Comitê
A Operação Mulher Segura colaborará estreitamente com o Comitê Interinstitucional de Enfrentamento às Violências contra as Mulheres do Paraná. Criado no final de fevereiro, este comitê tem como meta não apenas combater a violência, mas também aprimorar o atendimento às mulheres em situações de violência.
A secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, destacou que a operação reflete o compromisso do governo em proteger as mulheres paranaenses. Ela declarou: “Com esta iniciativa da Secretaria de Segurança, os agressores compreenderão que a impunidade não será tolerada. Essa ação conjunta reforçará o compromisso de não permitir mais a violência contra a mulher”.