Guarapuava: confira o que se sabe sobre o assalto desta madrugada
Criminosos atearam fogo em caminhões, dispararam armas de fogo pela cidade e em postes de luz
Na passagem deste Domingo de Páscoa (17) para a segunda-feira (18), cerca de 30 criminosos em oito veículos, com grande arsenal de armas tentaram assaltar a ProForte, empresa de transporte de valores em Guarapuava. Semelhante aos eventos ocorridos em Araçatuba (SP) e Criciúma (SC), quadrilha agiu com movimentos estratégicos pela cidade.
Durante a ação atearam fogo em caminhões, dispararam armas de fogo, usaram pessoas como escudo humano e trancaram a BR na tentativa de fuga. Até o momento a informação é que dois policiais e um morador ficaram feridos. Um dos policiais levou o tiro na cabeça e está na UTI em estado grave.
O ataque
Conforme o secretário de Estado da Segurança Pública do Paraná, Cel. Romulo Marinho Soares, em uma ação pensada e arquitetada o alvo dos criminosos era a empresa de transporte de valores ProForte. De acordo com testemunhas, os assaltantes chegaram por volta das 22 horas na cidade, atearam fogo em caminhões e veículos em pontos estratégicos na cidade, como a saída de carros do batalhão da PM, para impedir a ação da equipe. Também fizeram alguns moradores de reféns em escudo humano e atiraram em postes de luz para cortar a energia da cidade.
Segundo o secretário os assaltantes não conseguiram estourar o cofre da ProForte, não levando nada do assalto.
Ainda de acordo com o secretário, a equipe de polícia evitou confronto dentro da cidade, tendo ele ocorrido posteriormente na área rural da cidade durante perseguição.
Por volta das 6 horas a PM informou a fuga da quadrilha sentido Pitanga e Goioxim.
Cinco veículos da quadrilha foram deixados para trás durante a fuga e também armamentos, dinamites e capacetes.
“A cena era de guerra. Os bandidos apagaram as luzes e estavam em toda a cidade. Estávamos com muito medo. Nunca tinha visto isso antes. Meus filhos são pequenos e estão desesperados. Ouvimos muitos tiros e ficamos embaixo da cama, quietos e no escuro”, relatou um morador ao portal de notícias UOL.
O que é fake news
Durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda, o secretário negou algumas informações que circulam pelas redes sociais, como a entrada dos criminosos na ProForte, e a informação de que funcionários foram feitos reféns, pois de acordo com ele a empresa estava vazia. Ainda conforme Romulo, líderes de penitenciárias não foram feitos reféns e não haviam blindados do exército nas ruas.
A população porém afirma a presença dos carros do exército durante o assalto e atrelam o sucesso da operação a eles, assim como diversos vídeos e imagens mostram os blindados pelas ruas da cidade.
No momento três helicópteros sobrevoam a cidade e região em busca dos assaltantes.
Durante a perseguição na área rural, a equipe policial conseguiu atingir o pneu de um dos carros causando uma colisão entre eles. Os assaltantes adentraram a mata e fugiram abandonando os carros com os armamentos e explosivos.
O tenente-coronel Joas Marcos Carneiro Lins, comandante do 16º Batalhão tranquilizou a população informando que o comércio e as aulas podem voltar a trabalhar. Citando o ataque o tenente afirmou que como já existe o plano de contingência estabelecido por ações semelhantes que vem acontecendo a nível estadual e nacional, foi feito um cerco para não colocar a população em perigo.
“Tivemos êxito, frustramos a ação, eles acabaram saindo da cidade e aí sim, nos bloqueios que fizemos, acabou tendo confronto na área rural, saídas de rodovias, dos sete veículos que estavam na ação, cinco foram alvejados e acabaram esses meliantes saindo para o mato” enfatiza Joas, citando também a grande quantidade de armas apreendida.
“Peço que moradores da região rural passem informações para nós, qualquer tipo de informação, mesmo anônimamente. Contamos com a ajuda daqueles que apoiam a polícia militar.” salientou o Coronel.
Qualquer informação, entrar em contato pelo telefone (42) 3626-7000.