Encerramento do Canta Cantu em Porto Barreiro atrai grande público

A edição reuniu 80 cantores de toda a região, divididos em categorias. A final integrou as comemorações do 29º aniversário do município. Confira os vencedores na íntegra

A terceira edição do ‘Festival Canta Cantu’, realizada neste ano, se consolidou como um evento fundamental na promoção e valorização da cultura regional, alcançando um crescimento significativo desde sua criação. O evento, que nasceu a partir de uma ideia compartilhada entre prefeitos da Cantuquiriguaçu, tem se destacado pela inclusão e pela valorização dos talentos locais, com etapas eliminatórias realizadas nos municípios participantes. Este ano, 17 cidades aderiram ao festival, demonstrando o fortalecimento da iniciativa, que tem se tornado uma vitrine para cantores da região.

Além da cultura, o esporte na Cantu também vive um momento de inovação e superação. Apesar dos desafios impostos pelas eleições e pela falta de infraestrutura em alguns municípios, a associação conseguiu manter a realização de importantes eventos esportivos, como o Jarcan’s e a Copa Cantu. A inclusão de pequenos municípios na organização e realização dessas competições tem sido um dos maiores sucessos, proporcionando oportunidades para que até as cidades menores se envolvam e mostrem seu potencial. A edição de 2024 do Jarcan’s, por exemplo, bateu recordes de participação, com a presença de 4.650 atletas, superando edições anteriores.

Canta Cantu

O festival que chegou à sua terceira edição teve um crescimento notável desde sua criação. Segundo o secretário-executivo da Associação de Municípios Cantuquiriguaçu, Jaime Xavier, o evento é fruto de uma ideia que surgiu durante uma viagem a Brasília, onde prefeitos da região discutiam formas de investir na cultura local. “Esse festival nasceu numa viagem à Brasília. O prefeito Fábio e o presidente Sezar conversaram sobre a falta de eventos culturais na Cantu e lançaram a ideia. Quando retornaram, me procuraram e falaram: ‘Queremos festivais de cultura, município por município’, e assim começamos”, relembra Jaime.

O diferencial do ‘Canta Cantu’ está no formato inclusivo, com etapas eliminatórias realizadas nos municípios participantes. “No primeiro ano, tivemos 14 municípios. Este ano, 17 aderiram. Fazemos as eliminatórias de maneira igualitária, nos pequenos e grandes municípios, garantindo espaço para todos”, explica o secretário.

Estrutura e crescimento do evento

A edição de 2024 teve sua grande final em Porto Barreiro e contou com a participação de 80 cantores, distribuídos em diferentes categorias. A programação foi pensada para facilitar o andamento e a participação do público. “Na sexta-feira, começamos com as categorias Infanto-Juvenil e Nativismo. No sábado, foi a vez do Gospel Popular e Sertanejo. Encerramos no domingo com as crianças, os olhos dos nossos olhos, porque ali está o futuro dos nossos artistas. Às vezes o microfone é maior do que elas, mas a gente sabe que elas estão lá pela voz e pela emoção”, destaca Jaime.

O evento também promoveu shows e atividades que reuniram moradores de toda a região. “No sábado à noite tivemos o show do Renan e Ray, que atraiu uma grande multidão, mas o mais gratificante foi ver essa mesma população assistindo os nossos artistas regionais com orgulho. São cantores nossos, não tem ninguém de fora. Para participar, precisa ser daqui, ter título de eleitor e residência comprovada na região”, reforça Jaime.

Reconhecimento e impacto regional

O sucesso do evento tem chamado a atenção de outras associações municipais do Paraná. Jaime conta que, durante uma reunião em Curitiba, cinco associações pediram o regulamento do festival como modelo. “O diferencial é o trabalho município por município, dando oportunidades iguais. Isso valoriza nossos talentos locais e fortalece a cultura nas cidades menores”.

Além de incentivar a cultura, o festival movimenta a economia e promove o orgulho regional. “Os prefeitos da Cantu têm se unido, sem ciúmes, para fazer isso acontecer. Estamos mostrando que, mesmo sendo a segunda região mais pobre do Paraná, com assentamentos, indígenas e comunidades diversas, conseguimos realizar um evento grandioso com muito trabalho e união”.

Confira os vencedores das categorias:

Gospel
PosiçãoNomeNotaCidade
Josiane Vicentina185,9Ibema
Lucas Damian183,8Rio Bonito
Eliza Beatriz182Três Barras
Hátala Polinna180,3Laranjeiras do Sul
Kakau Silva180Quedas do Iguaçu
Bárbara Camargo179Pinhão
Sirlei e Soeli179Guaraniaçu
Infantil
PosiçãoNomeNotaCidade
Mabia Lima184,9Reserva do Iguaçu
Heloísa Vitória182,3Três Barras
Davi  Francisco178Cantagalo
Anthoni Davi Muller176Foz do Jordão
Sofia Costas175,5Nova Laranjeiras
Lara Maria175,3Pinhão
Abnadabe Gamaliel172,7Quedas do Iguaçu
Infanto Juvenil
PosiçãoNomeNotaCidade
Ana Vitoria183,9Quedas do Iguaçu
Eduarda Glaba179,5Laranjeiras do Sul
Vitinho178,5Nova Laranjeiras
Gabrielly Nogueira178,4Pinhão
Maria Vitoria Bonfim178,3Goioxim
Julia Maria Cunha177,6Rio Bonito
Mayra Bastos177,3Reserva do Iguaçu
Nativista
PosiçãoNomeNotaCidade
Elô Santi189,3Rio Bonito
Adan187,8Pinhão
Emerson186Cantagalo
Marcelo183,8Nova Laranjeiras
Jorge182Candói
Gguilherme180,8Três Barras
Eleandro Souza176,3Reserva do Iguaçu
Sertanejo
PosiçãoNomeNotaCidade
César e Carlos186,2Pinhão
Milena e Heloisa185,8Rio Bonito do Iguaçu
Roberto e Rosevaldo181,9Reserva do Iguaçu
Everton180,5Três Barras
Andrius e Ademir180Guaraniaçu
Dugles178,7Quedas do Iguaçu
Estefani Couto178Campo Bonito

O Esporte na Cantu

O ano também trouxe importantes desafios e conquistas para o esporte da Cantu. Entre os destaques, estão as competições ‘Jarcan’s’ e a ‘Copa Cantu’, que, apesar de um cenário atípico e da sobrecarga de atividades devido ao calendário eleitoral, movimentaram os municípios da região. Jaime, secretário-executivo da Cantu, destaca que as circunstâncias deste ano foram diferentes, com modalidades e eventos sendo reorganizados para se adequar ao contexto. “Este ano acumulou muitas competições, devido a questões de calendário eleitoral. Estávamos todos correndo contra o tempo, tentando realizar o que fosse possível”.

A Cantu, com sua diversidade esportiva, procurou garantir a participação de municípios menores, incentivando a descentralização de eventos e o fortalecimento das localidades com menos estrutura. Jaime explica. “A prioridade das sedes foi definida para que as finais ficassem em cidades como Laranjeiras, Pinhão e Guaraniaçu. Mas as primeiras rodadas, essas sempre fiz questão de levar para os municípios menores, pois era uma forma de desenvolver e dar visibilidade para essas cidades”.