Somente em Curitiba, Paraná pode registrar entre 80 e 90 mortes por dia até o fim de março
Segundo o diretor Alcides Augusto Souto de Oliveira, do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, em coletiva virtual na terça-feira, a capital do Estado já está vivenciando a terceira onda da pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, a experiência que o município está atravessando é aquela mesma que atingiu entre o final do ano passado e o começo deste ano o Amazonas, onde foi identificada a variante P1 do coronavírus, possivelmente mais transmissível e também mais letal que a cepa da doença que vinha circulando até então.
“A primeira onda durou em torno de 12 semanas, agora essa deve ser mais rápida. Em Manaus foi cerca de 8 semanas e os outros estados que estão vivenciando essa nova onda da pandemia apresentam a mesma característica”, afirma Oliveira.
“Desencadeamos várias medidas para o atendimento e internamento das pessoas. Vivemos um momento delicado, crucial, em que há necessidade da adesão, da consciência da população”.
Quarta onda
Uma quarta onda, contudo, também é abordada por um estudo. Somente em Curitiba, Paraná pode registrar entre 80 e 90 mortes por dia até o fim de março. O número é quase quatro vezes maior que as 22 mortes registradas ontem (11). A previsão é de que sem medidas restritivas mais rígidas, com isolamento social por exemplo, a capital paranaense passe por uma quarta onda de Covid-19. O cenário é apontado por especialistas em uma Nota Técnica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Os cientistas são os mesmo que previram o caos registrado em Manaus.