Alunos de Marquinho participam de projeto no campo com o tema ‘Plantas Medicinais’

Iniciativa faz parte do programa ‘A União Faz a Vida’ do Sicredi, desenvolvido na Escola Municipal Rui Barbosa

Realizado em parceria com a secretaria de Educação e Cultura de Marquinho, o programa ‘A União Faz a Vida’, da Cooperativa Sicredi, desenvolve projetos com o objetivo de construir, vivenciar atitudes e valores de cooperação e cidadania.

O projeto ‘Plantas Medicinais’, trabalhado nas turmas do 3º ano A e B da Escola Municipal Rui Barbosa, desenvolve atividades sobre as diferentes espécies de plantas. Toda semana, uma ou duas plantas específicas são estudadas. Em casa, cada aluno fará a muda de uma planta. Com a turma, será discutido as características da planta, seu nome popular e científico, indicação, posologia/dosagem e contraindicação de uso (se houver), além de outras atividades, como história, músicas, acrósticos e poemas relacionados a planta.

Desenvolvimento do projeto

A apresentação do projeto aconteceu em junho. As atividades começaram em agosto. Inicialmente, foi feita uma lista das plantas que a família de cada aluno possuía em casa, analisando os seus conhecimentos prévios: o que eles sabiam sobre essas plantas.

De acordo com a professora responsável Maria Elizete Padilha Antunes, será feita uma pequena horta na escola. “No final, se possível, serão produzidas mudas de algumas espécies de plantas para serem entregues na culminância do projeto, em novembro”, relata a professora Maria Elizete.

Expedição

Para fortalecer e aprimorar os estudos sobre as plantas medicinais, a escola realizou uma expedição na residência do senhor Pedro Castro de Bonfim (popularmente conhecido como Pedro Virgulino) e sua esposa Elvira.

Na ocasião, Pedro contou como começou a trabalhar com plantas medicinais, por meio do avô. Ele destacou que está transferindo o conhecimento para uma das filhas e um genro. Relatou que recebe diversas pessoas que procuram curas e chás medicinais. Segundo ele, gente que vem de várias cidades do Paraná e de outros estados.

Dona Elvira, apresentou a horta para as crianças, com uma diversidade de plantas medicinais. O casal respondeu perguntas, tirando dúvidas sobre o cuidado, uso medicinal e eficácia das plantas.

“O foco do projeto é instigar a curiosidade dos alunos para o uso das plantas medicinais, questionando o porquê e como essas plantas curam”, afirma Maria. “E fazer com que compreendam a importância de preservar a cultura do saber popular sobre essas plantas, ensinando o conhecimento científico a respeito dos benefícios farmacológicos trazidos pelos ‘remédios naturais’”, finaliza.

Contato com o ambiente

No fim do projeto, cada aluno vai registrar as atividades desenvolvidas em um caderno. Cinco desses registros serão selecionados para apresentação final. “Além do registro geral, feito por mim, em uma exposição, na culminância do projeto”, frisa Maria.

Segundo a professora Valdirene Arana Vargas, regente do 3º B, é perceptível o entusiasmo dos alunos na exploração do ambiente, no contato com as plantas, ao tocar e sentir o seu cheiro. “
Eles comentavam sobre os aromas diferentes, formatos e cores, o que despertou ainda mais a curiosidade de cada um em realizar as atividades em sala de aula”, conta Valdirene.

Valorização da cultura local

A regente do 3º A, Maria Elizete, relata seu contato com chás medicinais durante a infância. “Desde pequena vi minha mãe fazer chazinhos para meus irmãos e eu, quando estávamos doentes”, disse Maria. “Esse resgate é essencial para que possamos ter informações e conhecer mais sobre os remédios naturais, valorizando o conhecimento, os costumes e a cultura do povo marquinhense no uso dessas plantas”, completa.

O prefeito Elio Bolzon Junior (Juninho) destacou a importância da experiência proporcionada pelo projeto. “É gratificante perceber a curiosidade de explorar o ambiente, o entusiasmo e dedicação dos alunos, bem como das professoras regentes”, ressalta.