Especialista indica alimentos que ajudam a evitar inflamação no corpo

A nutricionista, Viviane Dalastra, sugere alguns. “Comidas naturais como tomate, frutas, nozes, azeite de oliva, hortaliças e peixes ajudam o corpo a conduzir processos inflamatórios de forma adequada”, afirma

Cansaço constante, dores nas articulações e problemas digestivos. Esses sintomas podem ser indícios de um inimigo silencioso que se esconde em seu corpo: a inflamação. Mas o que significa dizer que o corpo está inflamado? A nutricionista Viviave Dalastra, de Laranjeiras do Sul, esclarece que inflamação é uma resposta do sistema imunológico a agressões, como infecções ou lesões. “Quando essa resposta é crônica, pode causar danos aos tecidos e levar a várias doenças”, explica.

O que causa a inflamação corporal?

A profissional explica que alguns alimentos têm a capacidade de sobrecarregar o metabolismo, acumulando substâncias que podem irritar os tecidos e gerar um processo degenerativo ligado ao estresse oxidativo. “Esse processo estimula a ação de radicais livres, causando danos em estruturas celulares e prejudicando a manutenção dos tecidos do corpo”, afirma Viviane.

Quais alimentos influenciam nisso?

Existem alguns alimentos que podem ser mais nocivos que outros, a nutricionista cita alguns abaixo.

  • Açúcar

Segundo ela, o consumo excessivo de doces e alimentos açucarados pode resultar na formação de citocinas, proteínas que regulam a resposta imunológica e indicam a necessidade de iniciar o processo inflamatório. “O excesso de citocinas causa um desequilíbrio, fazendo o corpo acreditar estar ameaçado, o que aumenta a suscetibilidade a inflamações. O ideal é evitar comer doces em excesso e alimentos e bebidas com muito açúcar, como refrigerantes”, aconselha Dalastra.

  • Alimentos com gorduras saturadas e trans

“Essas gorduras, encontradas em certos tipos de carne vermelha, laticínios e frituras, promovem a inflamação do tecido adiposo, favorecendo problemas vasculares e cardíacos”, destaca Viviane. Ela continua explicando que nos alimentos industrializados, a gordura trans, obtida pela hidrogenação de óleos vegetais, eleva o risco de diabetes, colesterol alto, derrame e doenças do coração. “Esses alimentos são inflamatórios e devem ser consumidos com moderação”.

  • Álcool

Em relação as bebidas alcoólicas, a profissional faz um alerta, pois o excesso de álcool no organismo aumenta o acúmulo de gordura no fígado e estimula a metabolização de proteínas que agem como marcadores inflamatórios. “Isso gera um desequilíbrio e favorece danos no sistema digestivo, afetando especialmente o fígado, pâncreas e intestinos. O consumo de álcool deve ser controlado para evitar esses problemas”, recomenda Dalastra.

Propriedades anti-inflamatórias

Sobre os alimentos naturais, Viviane destaca que eles ajudam o corpo a conduzir processos inflamatórios de forma adequada, preservam as estruturas celulares e fornecem antioxidantes, vitaminas e minerais essenciais. Entre esses alimentos, ela lista:

  • Tomates
  • Frutas
  • Nozes e castanhas
  • Azeite de oliva extravirgem
  • Hortaliças como espinafre, couve, brócolis e alface
  • Peixes como salmão, atum e sardinha

Vitaminas e minerais reduzem a inflamação?

“Alimentos anti-inflamatórios contêm nutrientes específicos, como antioxidantes, vitaminas C e E, minerais como zinco, selênio, magnésio e cálcio, e ômega-3, que são importantes para o sistema de defesa do organismo”, explica. Ela enfatiza que esses nutrientes melhoram a capacidade das células do sistema imunológico, tornando-as mais fortes.

Refeições eficazes

A especialista sugere exemplos simples e eficazes para o dia a dia: “Uma boa distribuição alimentar oferece diferentes nutrientes ao corpo”, diz.

  • Salada de atum: folhas como alface, rúcula, agrião, tomate picado, atum, sementes de chia e linhaça, com um fio de azeite de oliva. “Além de saborosa, essa salada traz muitos antioxidantes”, afirma Viviane.
  • Salada de frutas: morango, uva, abacaxi, laranja e maçã, finalizada com algumas castanhas. “É uma combinação excelente e saudável’, recomenda.

Dica essencial

“O mais importante é ter equilíbrio”, diz ela. O consumo de alimentos que inflamam o corpo não precisa ser proibido, mas deve representar uma parcela pequena da dieta. “Não deixe alimentos não saudáveis estarem no seu dia a dia alimentar, deixe-os ser exceções”, conclui a nutricionista.