Estado têm o terceiro maior número de motoristas com exames toxicológicos positivos

Dados da Associação Brasileira de Toxicologia apontam que 60% dos resultados são de motoristas de ônibus e vans por uso de algum tipo de droga

O Paraná é o terceiro estado brasileiro com maior número de motoristas com exames toxicológicos positivos, segundo um levantamento da Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox).

O estado teve mais de 24 mil testes positivos, no período entre março de 2016 e agosto de 2022. Conforme o estudo, São Paulo lidera o ranking, com pouco mais de 64 mil exames positivados, seguido por Minas Gerais, com mais de 32 mil.

Sobre o teste

O teste é exigido para motoristas de categoria C, E (caminhão e carreta) e D (vans e ônibus). O levantamento aponta que quase 60% dos exames com resultado positivo, no período analisado, são de motoristas de vans e ônibus.

De acordo com a legislação, em caso de exame toxicológico positivo, o motorista fica impedido de obter ou renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O coordenador do projeto SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, destaca que muitos condutores deixam de renovar a CNH para não passar pelo teste. “A maior parte dos condutores não aparece para fazer o exame. Por isso, temos a chamada positividade escondida, que são milhões de condutores dessas categorias que não renovaram as suas habilitações nos últimos 5 ou 6 anos, exatamente em função do exame toxicológico de larga janela”, menciona.

Motoristas de caminhão, ônibus ou van que não possuem a atualização do exame estão sujeitos a multa de R$ 1.467,35, além da suspensão do direito de dirigir. Os testes toxicológicos são feitos com a coleta de cabelos, pelos ou unhas (queratina). No resultado, é apontado se houve uso regular de drogas nos últimos 90 dias. A associação comentou que o consumo de energéticos, antidepressivos, álcool, anabolizantes, calmantes e similares não influenciam no resultado do laudo do exame toxicológico.

Drogas que podem positivar o exame

• Anfetamina (rebite);

• Cocaína e derivados, como o crack;

• Maconha e seus derivados, como skank e haxixe

• Ectasy, conhecido cono “bala” (MDMA, MDA, MDE);

• Codeína;

• Metanfetaminas, como meth, ice e speed

• Heroína