Estudo revela que condições genéticas podem estar relacionadas a esquizofrenia

A pesquisa realizada pela Psychiatric Genomics Consortium analisou 76 mil pessoas com esse transtorno e mostrou os processos biológicos por trás da condição

Um dos maiores estudos genéticos sobre esquizofrenia, realizado pelo Psychiatric Genomics Consortium, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo, revelou um grande número de genes específicos que podem ter um papel importante no transtorno psiquiátrico. Pesquisadores de 45 países, analisaram o DNA de 76 mil pessoas com esquizofrenia e 243 mil sem a condição para entender melhor os genes e os processos biológicos por trás dela.

Estudos

Os resultados apresentam um número muito maior de associações genéticas com a esquizofrenia do que nunca antes relatado, presentes em 287 regiões diferentes do DNA. Usando métodos avançados, os investigadores identificaram 120 genes capazes de contribuir fortemente para o distúrbio. O estudo também revelou que o risco genético da esquizofrenia está concentrado em neurônios energéticos, sugerindo que o papel biológico dessas células é crucial para a condição. Os pesquisadores acreditam que esses genes específicos do cérebro podem ajudar no desenvolvimento de novas terapias para doenças mentais.

O estudo também esclarece que a maioria dos pacientes não responde bem aos tratamentos tradicionais, e é fundamental que os estudos desse nível sejam realizados para avançarmos na compreensão do transtorno e auxiliar no desenvolvimento de novos alvos terapêuticos. Os resultados revelaram que 24% da origem da doença pode ser atribuído a um tipo de variante genética chamada SNVs. No entanto, outros fatores genéticos e ambientais podem estar envolvidos.

Esquizofrenia

A esquizofrenia é um transtorno mental grave que afeta cerca de 1% da população mundial. Caracterizada por uma desordem de pensamento, o distúrbio pode se manifestar de diversas formas, incluindo delírios, alucinações, e comportamentos anormais.

Embora a causa exata da esquizofrenia seja desconhecida, acredita-se que fatores genéticos e ambientais podem estar envolvidos. O transtorno costuma se manifestar na adolescência ou no início da idade adulta e afeta homens e mulheres igualmente.

Os sintomas da esquizofrenia podem variar de pessoa para pessoa e incluir uma série de comportamentos anormais, como ouvir vozes, acreditar em teorias conspiratórias, comportamentos estranhos e ideias delirantes. Esses sintomas podem afetar a capacidade de uma pessoa de trabalhar, estudar e se relacionar com outros indivíduos.

Tratamentos

A esquizofrenia não tenha cura, mas o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. A intervenção médica incluí o uso de medicamentos antipsicóticos, psicoterapia e terapia ocupacional.

O estigma em torno da esquizofrenia ainda é um grande desafio para os pacientes. Muitas pessoas com o transtorno são discriminadas e estigmatizadas, o que pode dificultar o acesso aos cuidados de saúde e oportunidades de trabalho e educação.