Polícia Científica passa a usar Robô de DNA para elucidar casos de estupros

“A plataforma vai contribuir para a melhoria do processamento de amostras de vestígios de violência sexual no Paraná”

Uma nova tecnologia que será usada pela Polícia Científica do Paraná vai ajudar a elucidar os cerca de dois mil casos de crimes de estupros ocorridos no Estado e que ainda não foram solucionados. Trata-se da Plataforma de Automatização Starlet ID: um “robô” que acelera a extração de amostras dos materiais genéticos relacionados a crimes, otimizando tempo na obtenção de perfis genéticos dos possíveis autores. 
A tecnologia foi apresentada nesta quarta-feira (04), em Curitiba. O equipamento, que amplia a capacidade prática de exames de DNA do Laboratório de Genética Molecular Forense, foi doado pela Secretaria Nacional da Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ), devido ao fato de a Polícia Científica paranaense apresentar bons resultados a nível nacional e cumprir todos os requisitos exigidos. Isso coloca o Paraná entre os seis estados, e o primeiro da região Sul, a contar com essa tecnologia contra o crime. 


O Robô
 Na prática, o robô permite que o DNA de mais de 80 amostras diferentes seja extraído, simultaneamente, no mesmo período que antes um único fragmento poderia ser processado. Com isso, a Polícia Científica visa analisar, em um ano, cerca de dois mil vestígios de crimes sexuais ocorridos no estado, cujas investigações ainda não puderam ser concluídas por não haver suspeitos para o confrontamento de DNA, de acordo com o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochoki.
O coordenador do Laboratório de Genética Molecular Forense e Científica da Polícia Científica do Paraná, Marcelo Malaghini, lembra que, por ser uma plataforma de automatização, ela permite acelerar grande parte do processo técnico-analítico e isso é um grande diferencial para todos os peritos criminais do Laboratório de Genética.
 “Com esse ganho de tempo, conseguiremos fazer as tratativas do que chamamos de backlog, que são os casos de vítimas de violência sexual que ainda não foram solucionados, como já aconteceu em algumas situações específicas como o caso da menina Rachel”, disse ele.


Acidentes 
Além de indicar a autoria de estupros e também de outros tipos de crimes onde vestígios com amostras de DNA sejam coletadas, o robô também amplia a capacidade de identificação humana do Laboratório de Genética. Em casos de acidentes e desastres com múltiplas vítimas, por exemplo, a tecnologia poderá ser utilizada para identificar, de maneira célere, cada vítima.
 

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