1º Seminário Paranaense do Patrimônio discute a memória e bens tombados

O evento abordou o tema ‘Diversidade e uso do Patrimônio Cultural’. Participaram cerca de 80 estudantes, profissionais de arquitetura e engenharia, arqueólogos e geólogos

A Secretaria de Estado da Cultura (Seec), por meio da Coordenação do Patrimônio Cultural (CPC), promoveu nesta quinta-feira (17) o 1º Seminário Paranaense do Patrimônio Cultural. O evento, que celebra o Dia Nacional do Patrimônio Cultural, teve como tema central ‘Diversidade e uso do Patrimônio Cultural: desafios e estratégias para a salvaguarda’.

Participaram cerca de 80 estudantes, profissionais de arquitetura e engenharia, arqueólogos, geólogos e outros entusiastas da área no auditório da Biblioteca Pública do Paraná (BPP), em Curitiba.

Valorização da data

A secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, abriu o evento acompanhada pelo diretor da CPC, Vinicio Bruni; o diretor da Biblioteca Pública do Paraná, Luiz Felipe Leprevost; e a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Paraná (Iphan/PR), Fabiana Moro Martins. “É um prazer estar na Secretaria da Cultura, órgão responsável por zelar pelo patrimônio material e imaterial, defendendo o nosso passado e o nosso futuro”, afirmou Luciana, que é arquiteta e urbanista

“A iniciativa surgiu pela necessidade de abrir um espaço de debate, troca de ideias, estratégias e criação de valores acerca do patrimônio”, complementou Bruni, vislumbrando as possibilidades que o Seminário traz para o setor. “Nesta primeira edição, trouxemos em pauta os desafios e estratégias para a salvaguarda, um tema que está ligado à manutenção e uso dos bens tombados”, completou.

Assuntos discutidos

A programação do seminário, repleta de palestras e discussões temáticas, abordou tópicos de relevância contemporânea no campo do patrimônio. Fabiana, por exemplo, falou sobre o “IPHAN e Sistema Nacional de Patrimônio Cultural”, abrangendo as ações de fiscalização da instituição que responde pela conservação, salvaguarda e monitoramento dos bens culturais brasileiros desde 1937.

Os participantes também puderam estreitar as relações entre história, memória e patrimônio na palestra proferida pela linguista e diretora do Instituto Serendipe, Gissele Chapanski. O evento prosseguiu com as palestras “Ações Culturais”, ministrada pela historiadora Mariah Fank e pela diretora de educação, cultura e ação social do Sesc/PR, Lidiane Galvan, e “Projeto Patrimônio RMC: reflexões sobre a preservação do patrimônio cultural na Região Metropolitana”, apresentada pela arquiteta e urbanista Letícia Nardi.

Além das palestras, o seminário contou com mesas-redondas que enriqueceram ainda mais o debate. “Patrimônio Kaingang” reuniu o professor, antropólogo e liderança indígena Romancil Gentil Kretã, Florêncio Rekayg Fernandes e a antropóloga do Museu Paranaense, Josiéli Spenassatto, proporcionando um espaço para discutir questões cruciais relacionadas ao patrimônio indígena.

Encerrando o evento, o bate-papo “Canoa Ygá Mîri” trouxe à tona discussões envolvendo o antropólogo Victor Hugo Oliveira Silva, o professor bilíngue e liderança indígena Gilberto Benites, a arqueóloga do Iphan/PR, Daniela Sophiati, e o geógrafo Almir Pontes Filho.

Os debates também geraram ideias que beneficiam o Interior do Estado. “Estamos procurando melhorar a cultura da nossa cidade, e hoje temos uma visão ampla dos processos e entendimentos que incluem a questão do patrimônio e tombamento, e ações de proteção aos espaços antigos que fazem parte da nossa cidade”, disse Pricila Inocência dos Santos, diretora do Meio Ambiente de Tomazina, município do Norte Pioneiro.

Presenças

Participaram da cerimônia o secretário de Esporte, Lazer e Cultura de Campo Largo, Luis Gustavo Torres; o secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo de Campo do Tenente, Márcio Mattar Assad; a secretária de Cultura e Turismo de Rio Negro, Jussara do Rocio; o secretário de Esportes Recreação e Cultura de Rio Azul, Fabio Souza e a secretária de Cultura e Turismo, Maria Margarete Grden Szinvelski; a professora e chefe do Centro de Tecnologia e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina, Eloisa Rodrigues; o vice-conselheiro do Instituto de Engenharia do Paraná, Raphael Pussoli; e o cacique Nazaré da Aldeia Nenhboetê, da Cidade Real do Guairá.