A pouco dias para o Enem, 35 servidores do INEP pediram exoneração coletiva
Exoneração em massa acontece faltando apenas 13 dias para a aplicação da prova
Faltando apenas 13 dias para a aplicação do ENEM que conta com mais de 3 milhões de incritos, hoje (08), 35 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que ocupavam cargos de coordenação, fizeram um pedido de exoneraçao coletiva. Os servidores faziam parte da Diretoria de gestão e planejamento da instituição, que é diretamente ligada à coordenação de logística e supervisão de contratos do Enem. Na semana passada dois coordenadores de áreas ligadas à aplicação do Enem já haviam pedido demissão dos cargos. No total, já são 31 servidores fora de suas funções a pedido.
O pedido de exoneração em massa ocorre em meio a uma crise enfrentada no órgão nas últimas semanas. Na última quinta-feira (04), servidores denunciaram o presidente da instituição Danilo Dupas por assédio moral. Entre os servidores que pediram exoneração de suas funções está Marcela Côrtes, responsável pela coordenação de pessoal da instituição.
O movimento ocorre às vésperas da realização do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), que será aplicado nos dias 21 e 28 de novembro. Segundo denúncia dos funcionários em assembleia na quinta-feira, a conduta de Dupas coloca em risco a realização do exame no país.
“Situação sistêmica do órgão, explicitada no documento divulgado pela ASSINEP na assembleia de 04/11/2021 e a fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep” citaram os servidores no pedido de exoneração
Os funcionários dizem ainda que não se trata de “posição ideológica ou de cunho sindical.”
Na semana passada, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público (Servir Brasil) divulgou uma nota em apoio aos servidores do órgão:
“É lamentável a ausência de governabilidade na instituição, que está a 13 dias do exame mais importante dos estudantes de ensino médio de todo o Brasil”, diz o texto.
Dupas é o quarto presidente escolhido pela gestão Bolsonaro para comandar o Inep. As trocas constantes na autarquia são alvo de preocupação dos servidores por colocar em risco a realização das políticas desenvolvidas pela instituição.
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