Acordo entre Brasil e Paraguai estabelece tarifa de serviços da Itaipu em US$ 16,71

A redução de 19,5% em relação ao valor praticado em 2022, que era de US$ 20,75, representará uma queda de 1 ponto percentual na tarifa média de energia

A tarifa de serviços de eletricidade de Itaipu foi fixada em US$ 16,71 por quilowatt (kW), firmada na última segunda-feira (17), pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri.

 A decisão foi tomada em uma reunião extraordinária do Conselho de Itaipu em acordo com o governo paraguaio. Conhecida tecnicamente como Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse), essa tarifa é o principal componente da tarifa de repasse da usina, ou seja, a tarifa paga pelas distribuidoras de energia e repassada ao consumidor final.

A redução de 19,5% em relação ao valor praticado em 2022, que era de US$ 20,75, representará uma queda de 1 ponto percentual na tarifa média de energia.

Acordo

Brasil e Paraguai chegaram a um acordo quanto à tarifa de serviços de eletricidade de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do mundo em capacidade de geração. O governo brasileiro havia estabelecido, de forma unilateral, uma tarifa de US$ 12,67, o que gerou descontentamento por parte dos conselheiros paraguaios, que defendiam um valor próximo aos US$ 20. Após negociações, ambos os lados concordaram em fixar a tarifa em US$ 16,71.

A definição do valor final da tarifa de repasse paga pelas distribuidoras, agora cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Atualmente, a tarifa de repasse está em US$ 16,19. A compra da energia gerada por Itaipu, em um sistema de cotas, é obrigatória para as distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, o que significa que o valor final da tarifa tem impacto direto na conta de luz dos consumidores dessas áreas.