Auxílio emergencial está contido em 2020 e não passará para 2021, diz secretário
“Mais que uma âncora fiscal, o teto de gastos é super âncora fiscal, temos que seguir”
Estadão Conteúdos
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, reforçou nesta quinta-feira o compromisso da equipe econômica com o cumprimento do teto de gastos e descartou a prorrogação de gastos emergenciais – como o auxílio emergencial – para o próximo ano.
“Mais que uma âncora fiscal, o teto de gastos é super âncora fiscal, temos que seguir”, afirmou ele, em seminário virtual promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Waldery repetiu que os gastos emergenciais do governo para enfrentar a pandemia de covid-19 neste ano chegarão a R$ 607 bilhões, sendo mais de R$ 320 bilhões referentes ao auxílio emergencial pago a desempregados, trabalhadores informais e beneficiários de programas sociais. “É importante destacar que esse gasto está contido em 2020, e não passará para 2021”, completou.
Ele citou que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) começou 2019 em 76,4% do Produto Interno Bruto (PIB), caindo para 75,8% ao fim de 2019. “Pode ter sido uma redução pequena, mas foi uma sinalização gigantesca. Com as medidas necessárias em 2020, porém, nossa estimativa para esse ano é um pouco menor que 94%”, reiterou.
O secretário lembrou que a posição das contas públicas brasileiras já era frágil antes da pandemia, mas argumentou que se a questão fiscal for equacionada, as políticas monetária, cambial e social poderão ser mais efetivas.