Avião cai na Rússia e Prigozhin, líder do Grupo Wagner, está na lista de passageiros

Em junho deste ano o grupo, que era financiado pelo governo russo, se rebelou e marchou em um ataque à Moscou. Putin condenou a rebelião e decretou o grupo como terrorista, mas pouco tempo depois o inocentou dos crimes

Nesta quarta-feira (23), um avião caiu na Rússia, e conforme informações, o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, estava na lista de passageiros. A Rússia afirmou que dez pessoas morreram depois que o jato executivo caiu perto de Moscou. O nome do líder aparece na lista de passageiros, mas não se sabe se ele realmente embarcou. A informação preliminar foi publicada pela agência Tass, ligada ao governo russo.

A imprensa da rússia afirma que Dmitry Utkin, braço direito de Prigozhin, estaria a bordo, e que os dois teriam participado de um encontro com oficiais do Ministério de Defesa da Rússia.

A agência de notícias Associated Press analisou dados de rastreamento de um jato particular registrado no nome do Grupo Wagner, formado por mercenários e ex-soldados de elite altamente qualificados chefiados por Prigozhin, oligarca que foi ligado ao Kremlin até se desentender com o governo russo, em junho. O avião decolou da região de Moscou, e o sinal desapareceu minutos depois, em uma região rural.

Grupo Wagner

Prigozhin, de 62 anos, lidera um exército que atuou em diversas guerras, inclusive na atual invasão do território ucraniano pela Rússia. Linha auxiliar da Rússia, o Wagner liderou as forças russas no ataque à cidade de Bakhmut, a batalha mais longa e sangrenta da guerra até agora.

Em junho, no entanto, o grupo entrou em campanha para destituir o ministro de Defesa russo, num desentendimento que se intensificou após Prigozhin acusar o governo russo de promover um ataque contra acampamentos da organização.

Os mercenários chegaram a avançar em direção a Moscou, ação considerada “traição” pelo presidente Vladimir Putin. A revolta terminou com um acordo no qual o governo russo afirmou que, para evitar derramamento de sangue, Prigozhin e alguns de seus combatentes deveriam seguir em direção a Belarus. Se isso ocorresse, o líder não seria processado por rebelião armada.