Biblioteca Pública do Paraná é presenteada com 792 exemplares de mangás
As obras criadas no país asiático são muito famosas por aqui
A Biblioteca Pública do Paraná recebeu uma coleção com 792 exemplares de mangás, as narrativas gráficas japonesas que fazem a cabeça de jovens brasileiros já há algumas gerações, na segunda-feira (14). Os exemplares irão fortalecer o concorrido acervo dessas obras na BPP que até então eram cerca de 1,5 mil mangás.
O país possui a maior comunidade fora do Japão e muitas das obras criadas no país asiático são bastante populares por aqui. Além disso, a força da cultura nipônica pode ser facilmente identificada no Paraná, principalmente em cidades como Curitiba e Londrina.
A cerimônia de entrega contou com a presença do vice-governador Darci Piana, do cônsul-geral do Japão no Paraná, Keiji Hamada, do diretor-geral da Fundação Japão São Paulo, Masaru Suzaki, além do diretor da BPP, Luiz Felipe Leprevost.
“É muito oportuna a chegada dessa coleção como parte da comemoração dos 165 anos da Biblioteca Pública do Paraná”, disse o diretor em seu discurso. O diretor da BPP comentou sobre como a arte é um exercício de alteridade, baseado no interesse de conhecer mais o outro. “Fico feliz de receber essa coleção como diretor da BPP, mas também como leitor”, completou.
Suzaki concorda com o grande interesse despertado pelas publicações. “Algumas pessoas chegam a aprender o japonês para ler mangás na língua original”, arrematou.
Intercâmbio
Entre as obras que o público paranaense pode encontrar estão clássicos do gênero, como “Akira”, de Katsuhiro Otomo, ou “Ghost in the Shell (Fantasma do Futuro)”, de Masamune Shirow, obras celebradas mesmo entre aqueles que não são entusiastas do formato. Mas também estão lá obras mais populares como “Naruto”, de Masashi Kishimoto; “One Punch Man”, de Yusuke Murata; e “Jojo’s Bizarre Adventure”, de Asami Araki.
Quando perguntado se recomenda algum mangá, Hamada é taxativo: “Naruto”. Os quadrinhos, que foram adaptados em três animes diferentes, são um fenômeno mundial. Mas o cônsul reforça: “Acho que ‘Naruto’ é um mangá muito famoso, mas infelizmente eu pertenço a outra geração. Você sabe que mangá muda todos os anos e minha geração lia mangás mais infantis, mas agora há muitos mangás para adultos. Uma característica do mangá do Japão é a variedade. Tanto infantil quanto para adultos”, afirmou.