Por Estadão Conteúdo
O CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas) enviou ofícios na quarta-feira (27) a órgãos como o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor e a Presidência da República para notificação e aviso da paralisação dos caminhoneiros autônomos, empregados e cooperados. A interrupção das atividades está programada para a segunda-feira (1º) e por prazo indeterminado. Entre as reivindicações, estão a defesa da aplicação das políticas públicas do piso mínimo de frete e da exigência do Código Identificador da Operação de Transporte para todos, o abandono da política de preço de paridade de importação aplicada pela Petrobras, um termo de compromisso de fiscalização mais atuante da ANTT (Agência Nacional de Transportes
Terrestres) na defesa dos direitos, garantias do transportador rodoviário de
cargas e a discussão pública do projeto conhecido como BR do Mar com
ampla participação dos caminhoneiros.
No ofício, os motoristas garantem que 30% do total dos CTEs (Conhecimentos
de Transporte) ou DACTEs (Documentos Auxiliares de Conhecimento
Transporte Eletrônico) apresentados pelas empresas ao CNTRC serão
mantidos em atividade e autorizados a carregar, transitar e/ou descarregar.
Entre as cargas que receberão atenção especial, estão cargas vivas,
perecíveis, combustível para instituições públicas, cargas destinadas às forças
de segurança, medicamentos e insumos médicos e/ou hospitalares, entre
outras.
Para prevenção contra a covid-19, a orientação é de que os caminhoneiros e
apoiadores parem em casa.
“No entanto, os motoristas, caminhoneiros e carreteiros que estejam em
trânsito, assim como as lideranças e colaboradores que estejam em apoio na
pista, nos pátios, nos pontos de parada e nos piquetes de informação são
orientados a seguir integralmente e sem ressalvas as normas de saúde pública
de prevenção ao contágio do coronavírus (Covid-19)”, disse o Conselho, no
ofício.