Comandante militar iraniano reitera desejo de vingança e ameaça matar ex-presidente Trump
Ele destacou que o Irã tem a capacidade de atingir navios americanos a 2 mil quilômetros com mísseis
Recentemente, o comandante militar iraniano Amirali Hajizadeh reiterou que o Irã deseja vingar a morte do general Qasem Soleimani, que foi morto em uma operação dos Estados Unidos em janeiro de 2020. Hajizadeh afirmou que o país espera “poder matar” o ex-presidente americano Donald Trump, bem como outros comandantes militares americanos que deram a ordem para o assassinato de Soleimani, como o ex-secretário de Estado americano Mike Pompeo e o ex-diretor do Comando Central do Exército dos Estados Unidos no Oriente Médio, Kenneth McKenzie.
Hajizadeh, que comanda a Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária do Irã, o exército ideológico do país, também destacou que o Irã já possui a capacidade de atingir navios americanos a uma distância de 2 mil quilômetros com mísseis. Essas declarações aumentam ainda mais as tensões entre o Irã e os Estados Unidos, que já estavam em conflito após o assassinato de Soleimani.
Ameaça
O presidente iraniano Ebrahim Raisi já havia prometido em janeiro deste ano “vingar” o “assassinato” de Soleimani, e os programas balísticos do país têm sido motivo de preocupação para o Ocidente. O Irã é acusado de querer aumentar o alcance de seus mísseis e de desestabilizar o Oriente Médio e Israel, que é um inimigo declarado de Teerã.
No último sábado, a televisão estatal do Irã exibiu imagens de lançamentos de um “novo míssil de cruzeiro Paveh com alcance de 1.650 quilômetros”, o que só aumenta as preocupações dos Estados Unidos e de outros países ocidentais.
Desejo de vingança
Soleimani era um dos líderes militares mais renomados do Irã e comandava a Força Quds, o braço internacional da Guarda Revolucionária desde os anos 1990. Ele foi assassinado em Bagdá em uma operação dos Estados Unidos em janeiro de 2020, após uma série de ataques contra alvos americanos no Iraque. O Irã retaliou cinco dias depois, lançando mísseis contra uma base aérea dos Estados Unidos no Iraque, sem provocar nenhuma baixa.
A retórica belicosa do Irã e sua capacidade militar preocupam o mundo, principalmente os Estados Unidos e Israel, que estão em constante vigilância quanto às atividades iranianas na região. O presidente Joe Biden tem buscado uma solução diplomática para as tensões entre os dois países, mas a declaração do comandante militar iraniano pode complicar ainda mais a situação.