Confira o novo modelo de urna eletrônica para eleições de 2022

O primeiro turno de eleições está se aproximando, porém, muitos eleitores ainda não conhecem a nova urna eletrônica. Mas afinal, o que muda?

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou no ano passado o novo modelo de urna que será usado nas eleições deste ano. O lançamento foi feito em Manaus, na fábrica da Positivo Tecnologia, empresa responsável pela produção das urnas.

Conforme a licitação feita pelo TSE, dos 577 mil aparelhos usados na votação, 225 mil urnas serão do novo modelo. O intuito dos aparelhos é agilizar o processo eleitoral, aumentar a segurança das eleições e gerar maior acessibilidade para pessoas com deficiência. A vida útil do equipamento é de dez anos.

Mudanças

Fora o design diferente, entre as novas funcionalidades está a maior duração das baterias, processadores mais rápidos e o terminal do mesário com comandos sensíveis ao toque (tela touch). De acordo com o TSE, essa tecnologia permitirá mais rapidez na identificação do eleitor na seção eleitoral. Enquanto um eleitor vota, o terminal poderá identificar os próximos que vão votar, diminuindo o tempo de espera nas filas. De acordo com o órgão a atualização ocorre porque os modelos anteriores não se adaptam aos novos recursos de tecnologia que vão sendo incorporados ao longo do tempo. Com a vida útil de 10 a 12 anos, as novas urnas substituirão os novos modelos fabricados entre 2006 e 2008.

Durante o evento, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, reforçou que a urna eletrônica e o sistema de votação são seguros.

“Estamos trabalhando para proteger os sistemas do TSE quase por uma questão de imagem, porque, quanto ao conteúdo, não tem como fraudar as eleições. Nós todos estamos nos aperfeiçoando com os mecanismos de proteção. Isso se tornou um problema relevante nos últimos dois, três anos. Na verdade, ataques cibernéticos do porte que temos visto são fenômenos recentes”, afirmou.

O que muda

•O processador é 18 vezes mais rápido que o modelo 2015;

•Por não precisar de recarga, a bateria exige menos custos de conservação;

•A mídia de aplicação do tipo pendrive traz maior flexibilidade logística para os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) na geração de mídias;

•A expectativa de duração da bateria é por toda a vida útil da urna;

•O terminal do mesário passa a ter tela totalmente gráfica, sem teclado físico, e superfície sensível ao toque;

•O novo modelo conta com um teclado aprimorado, com teclas com duplo fator de contato, o que permite ao próprio teclado acusar erro, caso haja mau contato ou tecla com curto-circuito intermitente; 

•As urnas eletrônicas das Eleições 2022 contarão com grandes novidades em termos de acessibilidade, uma voltada para pessoas com deficiência visual, e outra para pessoas com deficiência auditiva. A sintetização de voz foi aprimorada para as eleições. •Agora, também serão falados os nomes de suplentes e vices, e será possível cadastrar um nome fonético. Além disso, será incluída uma apresentação de um intérprete de •Libras na tela da urna, para indicar quais cargos estão em votação.

O que não muda?

•Os aparelhos não se conectam a nenhum tipo de rede, internet ou bluetooth;

•Uso de criptografia, assinatura e resumo digitais, garantindo que somente o sistema e programas desenvolvidos pelo TSE e certificados pela Justiça Eleitoral sejam executados nos equipamentos;

•Mantidas as etapas de seguranças que integram o Ciclo de Transparência Democrática, como, por exemplo, a cerimônia na qual, após a inspeção dos códigos-fontes do sistema e dos programas por partidos, entidades públicas e universidades, todo o conteúdo é lacrado, recebendo a assinatura digital de autoridades, e trancado na sala-cofre do Tribunal;

•Possibilidade de auditoria das urnas, antes, durante e após a votação, pelos partidos e instituições fiscalizadoras que integram a Comissão de Transparência das Eleições e pela sociedade em geral;

•Impressão da zerésima, comprovante que mostra que, no início da votação, não há voto registrado na urna para nenhuma candidatura;

•Emissão dos Boletins de Urna (BUs) logo após o término da votação, com a distribuição de cópias aos partidos e a afixação do BU em cada seção eleitoral para quem quiser comparar com os dados divulgados no Portal do TSE;

•As urnas ainda contam com o Registro Digital do Voto (RDV). Nele, as informações sobre os votos são embaralhadas em uma tabela que assegura o sigilo da votação;

•No dia da eleição, continua a ser realizado o Teste de Integridade em dezenas de urnas que já estavam prontas para uso. Essa certamente é uma das etapas de segurança mais conhecidas por eleitoras e eleitores.