Controladoria-Geral vai disciplinar contato de empresas com Governo
A Controladoria-Geral do Estado vai estabelecer um protocolo para dar mais transparência ao contato de empresas com órgãos do Estado para garantir uma gestão pautada pela probidade e ética, uma das prioridades do Governo. O trabalho deve contar com a parceria da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), que vai colaborar na construção da proposta.
O controlador-geral do Estado, Raul Siqueira, explicou que as conversas para definir os detalhes da parceria já iniciaram. “Já tínhamos um esboço de decreto para regulamentar o que popularmente costumou-se chamar de lobby. É legítimo classes trabalhadoras ou empresas se aproximarem do Estado para reivindicar atenção ao setor. Porém, queremos que essas conversas obedeçam critérios”, informou Siqueira.
Alguns deles são que as reuniões estejam agendadas e que delas participem mais de um representante do Estado. “Estabelecemos uma espécie de protocolo para essas solicitações. Agora, com a contribuição da Abrig, teremos outra visão sobre esses critérios que irão compor a regulamentação dessa atividade”, completou o controlador-geral.
De acordo com a Abrig, o profissional de relações institucionais e governamentais (RIG) é o responsável por apresentar às autoridades as informações qualificadas e técnicas que auxiliam na tomada de decisão.
Para a diretora da associação, Katiane Gouvêa, a parceria reflete o perfil do Estado. “O Paraná é respeitado no Brasil e no mundo pelo comprometimento e profissionalismo”. Segundo ela, políticas públicas que regulamentam a atuação do RIG melhoram o ambiente produtivo, a economia, e influenciam as decisões dos investidores internacionais.
De acordo com a associação, o profissional de RIG atua diretamente na formulação de políticas públicas com o intuito de melhorar as decisões, elevando as discussões com novas análises e pontos de vista. Em agosto, a Abrig lançou junto com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a Prática Recomendada de RIG. A atividade foi reconhecida em 2018 pelo Ministério do Trabalho e está prevista na Classificação Brasileira de Ocupações. O papel do profissional de RIG também está previsto nas recomendações da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).