Crises convulsivas e os riscos à saúde do seu animal

Podem haver crises mais violentes que outras, isso abala a maioria dos tutores, porém é preciso manter a calma e obter acompanhamento médico

Não é de hoje que sabemos que para termos animais de estimação é necessário tomar alguns cuidados e redobrar nossa atenção. As convulsões são um fator crítico e ocorrem tanto em caninos como em felinos. Existem vários fatores que podem contribuir para a ocorrência das crises.

A médica veterinária Fernanda Távora, especializada em neurologia veterinária explica as crises epiléticas ou convulsivas. “são distúrbios neurológicos que acontecem com frequência no pet, e podem acontecer em todas as idades. Se for uma anomalia congênita, geralmente acontece com menos de um ano de vida. Se for uma alteração degenerativa como a Síndrome da Disfunção Cognitiva, conhecida como Alzheimer, ou mesmo uma neoplasia cerebral, ocorre em animal idoso” explica.

Crises mais violentes podem ocorrer e isso abala a maioria dos tutores, porém é preciso manter a calma e conseguir acompanhamento médico para ter os diagnósticos, pois a crise é um sintoma clínico e não um diagnóstico, é importante encontrar a causa do sintoma.

Segundo Fernanda as raças mais dispostas à epilepsia são: Beagle, Border Collie, Boxer, Cocker Spaniel, Collie, Dachshund, Dálmata, Golden Retriever, Husky Siberiano.

“As possíveis causas podem ser desde uma doença infecciosa, malformações congênitas, contato com agentes tóxicos, idiopáticas (sem causa definida), e até um tumor cerebral” destaca a médica.

Existem outros fatores que podem ocasionar às crises, como contato com fêmeas no cio, visitas em casa, mudança de rotina, lugares desconhecidos, sono alterado, mudança de clima, medo, exercícios intensos, doenças, luzes oscilantes, dor e mudanças alimentares.

Crises

A profissional faz algumas recomendações aos tutores durante a crise. “Nunca colocar a mão na boca do animal a fim de segurar a língua, porque, além de não existir o risco de engasgo, o dono corre o risco de ser mordido. Se possível, deitar o animal em decúbito lateral (deitado de lado com ambos os braços para frente) e proteger a cabeça com travesseiros”

Diagnostico

A médica explica que o acompanhamento deve ser feito junto ao médico veterinário e para um melhor diagnóstico é importante que o tutor faça uma explicação detalhada de como ocorreu a crise, se possível com fotos e vídeos. O médico responsável solicitará exames clínicos como exame físico neurológico completo, avaliação laboratorial, coleta do líquido cerebrospinal com envio da amostra para identificação do agente causal, exames de imagem avançado como tomografia computadorizada e ressonância magnética e eletroencefalograma.

Cuidados

A médica explica que a finalidade do tratamento é reduzir a gravidade e a frequência da crise, para evitar o comprometimento da vida do animal, a frequência constante de convulsão estará expondo o pet a adquirir crises agrupadas, pois pode ocasionar danos graves no cérebro levando ao risco da morte.