Centro Cultural de Quedas recebe o espetáculo de dança (In)Sustentável
Realizada pela Cia MalbArt de Curitiba, o espetáculo aborda perspectivas sobre o meio ambiente e o consumo excessivo de recursos naturais
O Centro de Cultura Quedas do Iguaçu recebe na sexta-feira (25), o espetáculo (In)Sustentável. Concebido pela Cia MalbArt, de Curitiba, a obra de dança contemporânea aborda perspectivas sobre o meio ambiente e o consumo excessivo de recursos naturais. A apresentação, assim como a participação nas oficinas, é gratuita.
Em entrevista exclusiva ao Correio do Povo, os criadores e bailarinos da Cia, Marcela Pinho e Patrich Lorenzetti falam sobre o projeto e a importância de ser levado ao público.
História
A Companhia MalbArt foi criada por Marcela e Patrich em 2018 e surgiu a partir de necessidades artísticas e inquietações sentidas pelos artistas. Desta forma, conforme eles, começou a aflorar o desejo de dar voz a problemáticas e situações do cotidiano humano em forma de movimento. Com isso, lançaram-se em suas ideias e começaram sua trajetória como coreógrafos, abordando através de um novo olhar, temas presentes no dia a dia, buscando proporcionar novas perspectivas.
Conforme Patrich, a MalbArt é uma companhia que trabalha a partir de editais de incentivo à cultura, onde projetos são escritos e realizados seguindo totalmente o roteiro.
Apesar de contar com mais bailarinos no passado, o projeto (In) Sustentável é realizado e apresentado apenas pelos criadores. “O objetivo da companhia, desde do princípio, foi dar voz as problemáticas do cotidiano em forma de movimento, e nós, como bailarinos profissionais há cerca de 15 anos, decidimos realizar nossas próprias coreografias a fim de trazer temáticas designadas importantes para nós”.
Projeto
Marcela acredita que utilizando o método artístico, as pessoas concebem melhor o propósito. “Escolhemos esse tema pois nos incomoda saber que o meio ambiente está sendo prejudicado com falta de separação do lixo e descarte incorreto”.
(In)Sustentável aborda perspectivas sobre o meio ambiente e o consumo excessivo de recursos naturais. A peça foi pensada com a intenção de abordar novos caminhos que buscam conscientizar o público para um olhar mais profundo sobre o seu propósito na vida. Através da dança contemporânea, são apresentados movimentos que contextualizam – por meio das respirações e ações viscerais – a luta dos animais que nascem em meio a uma nova realidade, cercados de lixo plástico que os deforma, intoxica e mata.
Após a apresentação, acontece um bate-papo com o público com tradução em libras. A peça de dança contemporânea está em circulação pelo interior do Paraná e já passou por Castro e União da Vitória. As próximas paradas são Marialva, Ibiporã, Jacarezinho e Palotina.
Quedas do Iguaçu
Para o bailarino, levar o espetáculo à Quedas do Iguaçu é como acender a carreira. “Sempre dançamos coreografias de outras companhias, e a partir do momento que decidimos criar algo nosso, foi um marco na nossa trajetória”.
Levar essa mensagem para as cidades não tão centralizadas, conforme Patrich, é uma oportunidade de mudança, transformando as pessoas perante o modo cultural e da temática abordada. “Sempre se fala muito sobre repensar as nossas atitudes, portanto, reduzir, reciclar e reutilizar estão presentes no espetáculo, pois precisam fazer parte da vida das pessoas de forma geral”.
Patrich finaliza relatando sobre a importância de levar o espetáculo para várias cidades. “Se conseguirmos atingir mais pessoas, conseguindo mudar a realidade a cada espetáculo significa o começo de uma transformação para o futuro do Paraná e do mundo”.
Oficinas
O projeto oferecerá duas oficinas em cada cidade visitada. Não é preciso inscrição prévia. A oficina para não-bailarinos visa propiciar ao público participante uma maior consciência corporal, instruindo práticas de respiração e de coordenação motora que podem ser inseridos no dia-a-dia, elevando assim a sua qualidade de vida. Duração: 2 horas, 30 vagas.
Já no workshop de dança contemporânea voltado para bailarinos, será compartilhado o processo usado na criação do espetáculo (In)Sustentável, direcionando-os na criação de movimentos que iniciam se da respiração, gerando sequências coreográficas. Duração: 2 horas, 30 vagas.