Estudantes poderão escolher área avaliada no novo Enem
As mudanças visam adequar o exame ao novo Ensino Médio
O Conselho Nacional de Educação (CNE), aprovou na segunda-feira (14), um parecer que define as mudanças no modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2024.
As alterações sugeridas visam adequar o exame ao novo Ensino Médio, que será implantado totalmente em três anos. O novo documento detalha que a avaliação vai passar a ter questões discursivas e de múltipla escolha, distribuídas da seguinte forma:
1ª etapa: redação + perguntas de formação geral (sem divisão por disciplina, cobrando habilidades mais interpretativas do que conteudistas);
2ª etapa: perguntas focadas na área de conhecimento escolhida pelo estudante (ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática), também sem enfoque conteudista, segundo habilidades e competências desenvolvidas.
Segundo o documento quem vai ficar responsável por indicar quais cursos são abrangidos por cada área será a instituição de ensino superior.
A mudança acontece porque, com a reforma do ensino médio que já está em vigor, até 2024 escolas públicas e particulares terão de reservar parte da carga horária (em média, 40% dela) para aulas de aprofundamento em áreas de conhecimento escolhidas pelos alunos.
Um estudante pode optar, por exemplo, por focar seus estudos em matemática e suas tecnologias. O objetivo é que o novo Enem esteja adaptado a esse modelo de ensino mais “livre”, guiado pelos projetos de vida de cada jovem. Ainda não há a definição de quantos itens vão compor cada etapa. Caberá ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) construir as matrizes de referência da prova, que vai permitir a elaboração das questões.