Jovem de Cascavel é pré-candidato a deputado federal e defende renovação política

Henrique Mecabô têm apenas 26 anos, estudou Economia e Ciência Política no Canadá. Ao estagiar em Brasília, ele diz ter se decepcionado e visto a urgência de mudança na política brasileira

O pré-candidato a deputado federal pelo partido Novo, Henrique Mecabo, é de Cascavel, e tem apenas 26 anos. Já esteve fora do país onde cursou Economia e Ciência Política pela Universidade McGill e Mestrado em Economia pela University of Toronto, no Canadá.

Ele representou a juventude global na ONU duas vezes e foi consultor de agências dos governos americano e canadense, mas decidiu que voltaria ao Brasil para atuar na política depois de estagiar como analista político acompanhando o Congresso Nacional em Brasília e se decepcionar com o baixo nível das discussões no Legislativo brasileiro.

Nesta semana, ele cumpriu agenda pela região e em entrevista ao Jornal Correio do Povo, explicou sua trajetória visitando mais de 70 prefeituras no Brasil inteiro, em todas as regiões. “Isso me permitiu conhecer bem o chão de fábrica do serviço público”.

Motivação

Henrique conta que duas coisas principais que o motivaram a encarrar de forma direta o cargo para a Câmara federal, primeiro por urgência de pessoas em Brasília que topem cortar os próprios privilégios e diminuir o próprio poder. E, segundo, pelo seu nível de conhecimento que é mais de nível federal do que de nível estadual ou local. “Aqui no Brasil, infelizmente o poder ainda é muito concentrado em Brasília, seria muito mais fácil trazer um vereador para uma entrevista aqui no Correio para pedir satisfação e tentar entender melhor o que ele está propondo na Câmara. Mas se você olhar hoje para o papel de um vereador ou de um deputado estadual, eles não tem tanto poder, até mesmo em termos de orçamento. Precisamos de deputados que vão pra lá pensando em diminuir o próprio poder, para devolver para o nível local”.

Escolha do Novo

Segundo o pré-candidato, uma bandeira que ele tem mencionado bastante para as pessoas é a da renovação. “As pessoas estão cansadas de ver sempre os mesmos nomes e sobrenomes representando elas na política. Mas também não basta ser só uma carinha nova e uma pessoa jovem que não tenha preparo. Acho que precisamos dessa renovação com qualificação e precisa que sejam debatidas pautas específicas”.

Ele menciona que é uma pauta do Novo e também sua, a crítica aos cargos políticos, por terem tantos privilégios e que estes acabam custando muito, e quem paga é quem ganha menos. “Uma coisa que todo mundo sente no bolso no final do mês é o peso dos impostos aqui no Brasil, nós trabalhamos proporcionalmente cinco de 12 meses só pra pagar impostos. Acho que isso tem que ser revisto dando uma enxugada no peso do Estado”.

Por ser de uma família de produtores rurais, Henrique tem como bandeira a defesa do agronegócio, principalmente dos pequenos produtores rurais.

Câmara Federal

Ele ainda destacou que pretende quebrar uma barreira em que muitas vezes, os eleitos são nomes tradicionais e já bem conhecidos na política. “Minha família não tem tradição na política e vemos que a média de idade de um deputado federal é de 49 anos e boa parte deles tem muito mais que isso. Acho importante a população jovem se ver representada em alguém que esteja lá pensando em como que um jovem hoje vai sair de casa, pagar os boletos e conseguir o primeiro emprego, conseguir um financiamento estudantil para cursar universidade”.

Já em relação a região Cantu, Henrique, tem conhecido e vistado bastante a região, inclusive por meio do cooperativismo e destaca que nas últimas eleições os votos têm sido em candidatos fora da região. “Parte dessa ideia de renovação é também tornar a política acessível, ser um representante presente que não vai aparecer só de quatro em quatro anos pra tentar reeleição, mas pra ouvir as dores da população e tentar ajudar de fato com todo o poder que tem um deputado lá em Brasília, por isso tem sido muito legal conhecer toda região da Cantu e espero poder fazer isso muitas vezes até a eleição e, eventualmente, no mandato”.