Julgando o livro pela capa, clássicos com edições recentes

Os benefícios do hábito da leitura são muitos, entre eles, a redução dos níveis de estresse, melhoria na memória, organização de informações, aumento da capacidade de empatia e concentração

Os benefícios do hábito da leitura são muitos, entre eles, a redução dos níveis de estresse, melhoria na memória, organização de informações, aumento da capacidade de empatia e concentração.

Os dados obtidos no Brasil sobre o consumo de livros tem como principal mediador a pesquisa do instituto Pró-Livro, realizada a cada quatro anos. Com a próxima edição marcada para esse ano, visto que a última aconteceu em 2019. Segundo o balanço, o Brasil perdeu mais de 4 milhões de leitores, com destaque para o público mais rico, que estaticamente consome mais livros.

Com o fechamento das bibliotecas públicas, a tendência é que o índice caia ainda mais. A faixa etária que permanece com os melhores índices no público leitor é a de 11 e 13 anos. A pesquisa demonstrou também que as mulheres leem mais do que os homens. [

Recentemente alguns clássicos da literatura passaram por reformatações nas suas capas, deixando-os com um ar de modernidade.

Macunaíma

A nova edição de Macunaíma é uma edição belíssima com apresentação de Antonio Fagundes, ilustrações de Camille Sproesser e posfácios de Tom Zé e Cristino Wapichana. Escrito por Mário de Andrade e publicado pela primeira vez em 1928, a obra traz a história de um símbolo nacional, Macunaíma, o anti- herói brasileiro.

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Escrito pelo autor brasileiro Machado de Assis, o livro de 1881 ganhou uma edição especial ilustrada com 88 obras de Cândido Portinari. Desconhecidas até então do grande público, as obras de Portinari deram uma nova interpretação para a obra que conta as obsessões de Brás Cubas e suas memórias amargas.

O Cortiço

A edição recente conta com pinturas inéditas de Kika Carvalho, artista indicada ao Prêmio PIPA em 2021. O Cortiço expõe as mazelas da sociedade brasileira com o surgimento de uma pequena burguesia no século 19, a partir do personagem João Romão, que é um português que está no Brasil com o desejo de ascender socialmente, para isso ele assume a propriedade de um cortiço que é inóspito e cheio de problemas sociais. A obra de 1890, é do autor é Aluízio de Azevedo.

Grande Sertão: Veredas em quadrinhos

A nova versão é mais ousada e resgata a obra de Guimarães Rosa, de 1956, em formato HQ. Com o roteiro de Eloar Guazzelli e ilustrações de Rodrigo Rosa, o livro foi premiado. Narrando a saga de Riobaldo e Diadorim pelo sertão mineiro, a edição traz uma nova maneira de absorver os clássicos.