Laranjeiras e Porto Barreiro poderão comprar vacinas por conta própria
A possibilidade de acelerar o processo de vacinação contra a Covid-19 já mobilizou 2,4 mil municípios brasileiros. Ao considerarem que o processo sub gerência do governo federal está lento, prefeitos, secretários de Saúde e vereadores decidiram participar do Consórcio Nacional de Vacinas, que pretende comprar doses de imunizantes. A cidade laranjeirense iniciou no fim de semana a imunização das pessoas com idade entre 75 e 79 anos.
Entre os municípios da região, Laranjeiras do Sul e Porto Barreiro estão entre os adeptos do projeto. O prefeito Berto Silva, por exemplo, encaminhou o projeto à Câmara de Laranjeiras, que votou-o ontem (17) em regime de urgência. Os 13 parlamentares concordarem com que Laranjeiras compre as doses para a sua população.
Entretanto, mesmo com a aprovação das câmaras, não significa que a compra das vacinas acontecerá de imediato. Trata-se, na realidade, de uma forma de confirmar os municípios que pretendem aderir à iniciativa.
“Isso é um protocolo de intenção pelo Consórcio. Se houver necessidade de compra das vacinas, estaremos habilitados, só não sabemos quando faremos isso e nem qual será a quantidade”, explicou o presidente da Casa, Carlos Alberto Machado, o ‘Magrão’.
“É importante dar esse passo. Agora o prefeito fica amparado em lei para, se houver disposição das vacinas através do Consórcio, adquiri-las para colocá-las à disposição da população. Tem um processo longo ainda, para ver a questão de preços, se os laboratórios terão disponibilidade de ofertar grandes remessas. Esse recurso direcionado para a Saúde será remanejado de outra secretaria. Espero que o governo federal assuma a responsabilidade e que não precise que nós, do município, compramos as doses”, disse o vereador Nei Becker.
O Consórcio está amparado pelo Congresso Nacional, que em 2 de março deste ano autorizou a compra de vacinas pelos municípios.
Porto Barreiro
Em Porto Barreiro, o projeto de mesmo intuito também foi aprovado na quarta-feira (17). O secretário de Saúde, Vilmar Rochi, disse ao Correio que o Consórcio é uma alternativa paralela ao sistema de Saúde do governo federal. “A ideia dos prefeitos não é fazer uma concorrência com o governo federal, mas termos uma a outra via”.
Quanto ao modo com essas vacinas possivelmente adquiridas pelos municípios serão pagas, Rochi disse que existem duas opções. “O governo federal pode participar com recursos e a segunda ideia seria o município participar com dinheiro próprio. Neste momento, nada é mais importante do que garantir a saúde, mesmo que tenhamos que abortar recursos para o município, estamos com essa disposição. Segundo o presidente, já houve uma sinalização do ministro da Saúde em contribuir com os recursos”.
A vacina
Vale ressaltar que a vacina que está sendo aplicada até então não livra o indivíduo de ser infectado pela Covid-19, apesar dos testes mostrarem que entre metade das pessoas vacinadas não contraem o vírus. Ainda assim, a eficácia mora em impedir o agravamento dos casos, como com a intubação.