Melhores filmes de terror do estúdio em ascensão A24

Na última década o A24 tem se firmado como o estúdio de renovação do terror no cinema, com filmes marcantes de identidade própria

Climax (2018)

Uma festa na qual dançarinos profissionais perdem o controle após serem drogados é o tema deste “Climax”, do polêmico diretor Gaspar Noé. O processo, feito através de um gigantesco plano-sequência, leva o espectador a uma série de situações-limite, regadas por uma fotografia perturbadora e infinitas possibilidades do que pode dar cada vez mais errado.

Com o talento para trazer ao espectador uma atmosfera perturbadora, Noé é hábil ao criar um clima tenso logo nos primeiros minutos, quando o absurdo começa a dar as mãos para a história, sem jamais deixar o espectador desviar os olhos com cortes rápidos. Está tudo ali, em uma hora e meia de filme. Sexo, violência, julgamentos, linchamento, tortura. Tudo porque um grupo foi drogado e a violência saiu de seus poros junto do suor.

O Farol (2019)

No final do século XIX, dois homens são designados para cuidarem de um farol, por cerca de quatro semanas, isolados e distantes do continente. Um faroleiro e seu assistente, interpretados por Willem Dafoe e Robert Pattinson, os quais passam a serem testados cada vez mais enquanto o tempo não parece passar.

Robert Eggers (“A Bruxa”) é o responsável por mais uma obra marcante, responsável por levar o espectador a uma série de experiências assustadoras, ao contrário do que um filme em uma ilha e em preto e branco poderia sugerir. Com técnica impecável e inovadora, o cineasta cria uma espécie de história-espelho a seu primeiro longa: aqui, a sexualidade masculina é colocada à prova, da forma mais rudimentar possível.

Midsommar – O Mal Não Espera a Noite (2019)

Um casal em crise no namoro e seus amigos, todos universitários, topam viajar à Suécia para conhecer uma comunidade isolada do restante da sociedade, à base de mitos nórdicos que fazem de seu dia a dia algo mais próximo à natureza e aos rituais provindos da terra.

O longa é, como seu subtítulo em português sugere, um terror às avessas, pois não apresenta os famosos jump scares em momento algum, e sim apresenta ao espectador ao horror através do que muitas gerações pagãs (e não pagãs) fizeram por séculos a fio. A crítica à religião, aliás, é um dos pontos fortes deste memorável filme de Ari Aster.

Responsável ainda por sucessos como “A Bruxa”, “O Lagosta”, o oscarizado “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, “Joias Brutas” e “Hereditário”, o sucesso da A24 está na proposta de apresentar um cinema límpido, sem preocupações com temáticas ou propagandas, e sim comprometimento completo com o espectador. Algo cada vez mais raro e, por isso mesmo, muito procurado pelo cinéfilo de plantão. Um diferencial e tanto em tão pouco tempo.

X — A Marca da Morte (2022)

O explosivo X de Ti West é uma experiência que parece tanto fundamentada em suas origens quanto infinitamente criativa em sua execução sangrenta. Situado na década de 1970, segue um grupo de aspirantes a criadores de pornografia que decidem que o melhor lugar para filmar seu filme sujo é na pensão de um casal de idosos em uma fazenda remota. Isso acaba sendo um erro colossal, pois os conhecedores de obscenidades acabam tropeçando em mais do que inicialmente esperavam.

Central para isso é uma notável Mia Goth como a magnética Maxine, cuja presença poderosa rapidamente conquista seu lugar como um dos ícones recentes mais memoráveis ​​do horror. Quando ela começa a perceber o que está acontecendo ao seu redor, somos empurrados para um ato final ameaçador e macabro que é um dos melhores finais para um filme de terror da memória recente. Não é apenas uma das melhores obras de West, em tudo, desde sua partitura evocativa até seu enquadramento meticuloso, mas é uma das melhores do gênero em geral. É glorioso e caótico ao mesmo tempo em que é notavelmente paciente, criando um dos melhores momentos que você poderia ter com um filme de terror tão magnífico quanto este.

Pérola (2022)

Pearl é mais um capítulo do mundo distorcido de X do cineasta Ti West. O ano é 1918, e a jovem Pearl (Mia Goth) está obcecada em se tornar famosa. Presa na fazenda isolada de sua família, Pearl se vê obrigada a cuidar de seu pai doente, e viver sob a vigilância constante de sua amarga e autoritária mãe devota. Desejando uma vida glamourosa como ela viu nos filmes, Pearl encontra suas ambições, tentações e repressões entrando em conflito. Nesta história da origem da icônica vilã de X, quando o sonho de ser finalmente uma estrela  é negado a ela, Pearls começa a assassinar, até alcançar o que deseja. Filmado secretamente e simultaneamente com X: A Marca da Morte (2022). Pearl serve como prequela do filme, mostrando o início da vida da personagem-título décadas antes dos eventos de X.

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