Narcotraficante filho de ‘El Chapo’ é preso no México

Em resposta à prisão, Cartel da família iniciou tiroteios, bloqueios de estradas e queima de veículos pela cidade

Após a prisão do narcotraficante Ovidio Guzmán López, filho do conhecido criminoso ‘el Chapo’, cidade no México é aterrorizada por Cartel de Sinaloa.

‘El Ratón’ como era conhecido, é um dos pilares na liderança do cartel que fica na cidade de Culiacán, capital do estado de Sinaloa. A prisão foi efetuada na última quinta-feira (5), e desencadeou uma onda de crimes na cidade, liderados por traficantes de drogas que fazem parte do cartel mais poderoso do México.

Os criminosos responderam ao ato com tiroteios, bloqueio de estradas e queima de veículos. O aeroporto do Culiacán foi fechado por segurança, e um avião da empresa Aeroméxico chegou a ser atingido por um tiro. Homens armados invadiram o local para impedir que Guzmán fosse levado para outra região do país. Moradores da cidade postaram vídeos nas redes sociais mostrando comboios de homens armados em caminhonetes circulando pela região. Todas as entradas da capital do estado foram bloqueadas. Houve relatos de saques em lojas, e até agora 29 pessoas morreram em confrontos.

Ovidio foi preso antes da chegada do presidente americano, Joe Biden, ao México, para a Cúpula de Líderes da América do Norte.

Na quinta-feira (5), o México confirmou que havia um mandado de prisão para Guzmán nos Estados Unidos, datado em 19 de setembro de 2019, mas também disseram que a possível extradição dele não seria imediata devido às formalidades da lei.

Um juiz federal da Cidade do México suspendeu a extradição de Ovidio na sexta-feira (6), um dia depois que ele foi preso. Os EUA acusa Guzmán por tráfico de drogas e ofereceram US$ 5 milhões por informações que levassem à captura do homem, que é um dos líderes e herdeiro do Cartel de Sinaloa.

Em outubro de 2019 Guzmán já havia sido preso pelas autoridades federais, mas foi libertado por ordem do presidente Andrés Manuel López Obrador, para evitar mais derramamento de sangue.

As autoridades mexicanas confirmaram na segunda-feira (9), a chegada de 1.500 militares adicionais a Sinaloa, para lidar com uma escalada da criminalidade.