DART, será lançada na madrugada de quarta-feira e irá atrás da Dimorphos, uma pequena lua que orbita o asteroide Didymos. A ideia é desviar a rota e descobrir a capacidade de fazer isso em defesa da Terra em uma eventual ameaça real
Está programada para esta quarta-feira (24) às 2h21 o lançamento da missão DART, ou Missão de Teste de Redirecionamento de Asteroide Binário (tradução livre) que tem como objetivo testar o potencial tecnológico humano contra ameaças de asteroides que poderiam colidir com a terra no futuro. A sonda será lançada da Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, EUA, o alvo é a lua Dimorphos, que orbita o asteroide Didymos.
De acordo com o professor de astronomia da UFRJ, Thiago Signorini Gonçalves, o destino escolhido é apenas uma “questão de conveniência” pois é um asteroide que fica relativamente próximo à Terra e como o objetivo da missão é testar a possibilidade de desviar a órbita de um asteroide, é importante poder acompanhar a órbita que o mesmo fazia. Se fosse um asteroide distante seria difícil acompanhar esse trajeto.
A chegada da sonda está prevista para acontecer em 2022, e a missão acompanhá se é realmente possível alterar o curso de um asteroide com a tecnologia desenvolvida para a DART.
São dois corpos diferentes: o maior, com o tamanho mais ou menos de um prédio de 100 andares, e o menor, de 40 andares. Segundo Gonçalves, o tamanho da Dimorphos é até comum para asteroides encontrados no nosso Sistema Solar, mas, ao mesmo tempo, poderia causar um grande estrago se realmente estivesse em rota com a Terra.
De qualquer maneira, mesmo se os especialistas da Nasa não conseguirem atingir o sistema de asteroides, não há risco de colisão com a Terra. No entanto, com o sucesso da missão, uma cratera deve ser criada na Dimorphos, o que pode gerar pela primeira vez uma chuva de meteoros criada artificialmente pelo homem.
“A colisão deve gerar uma cratera de aproximadamente 10 metros nesse segundo componente do sistema binário, no asteroide menor, e esse material vai ser levantado. É possível que isso gere uma nova chuva de meteoros que poderá ser vista da Terra”, explicou o astrônomo.
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