Orkut de volta? Fundador reativa site e declara estar construindo algo novo

“Eu sou um otimista. Acredito no poder da conexão para mudar o mundo.”

Antes de Facebook, Twitter e Instagram, a rede social do Google foi uma febre entre os usuários brasileiros nos anos 2000 e conquistou 300 milhões de usuários ao redor do mundo. O anúncio foi feito dois dias após a compra do Twitter por Elon Musk.

O site oficial do Orkut foi reativado nesta quarta-feira (27), com uma mensagem do seu fundador, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten sobre uma possível reativação da rede social. “Eu sou um otimista. Acredito no poder da conexão para mudar o mundo. Acredito que o mundo é um lugar melhor quando nos conhecemos um pouco mais. É por isso que criei a primeira rede social do mundo quando era estudante de pós-graduação em Stanford. É por isso que eu trouxe o orkut para tantos de vocês ao redor do mundo. E é por isso que estou construindo algo novo. Vejo você em breve!”.

Posso criar uma conta?
Não. A plataforma não traz qualquer forma de login ou formulário para criação de conta. Ao final do comunicado existe um espaço para quem quiser registrar seu e-mail e receber novidades sobre o novo projeto em primeira mão.

Posso recuperar as fotos?
Os usuários não poderão recuperar suas fotos antigas no Orkut. Essa opção era oferecida pelo Google, antigo proprietário da rede social, que permitiu baixar as imagens até Setembro de 2016. Além de fotos, os usuários puderam salvar dados como depoimentos e scraps usando o Google Takeout. Quem não realizou o procedimento até o prazo de expiração perdeu os arquivos para sempre.

As comunidades vão voltar?

Mesmo com o retorno da rede social, é possível que as ferramentas sejam diferentes ou sequer existam. O Google chegou a manter um acervo de comunidades que permitia ler as discussões públicas mesmo após o fim do prazo de download. Porém, a consulta ao banco de dados, com mais de 51 milhões de comunidades, foi encerrada em maio de 2017.

Por que acabou?

Com o fim do Orkut, em 30 de Setembro de 2014, a maioria dos usuários protestaram. Mas a verdade é que a rede social, popular principalmente no Brasil e Índia, há anos sofria com a perda de espaço para o Facebook. Vale lembrar que a rede social nasceu em 2004, em uma era anterior à massificação dos smartphones, e sua transição para o mundo mobile não foi bem sucedida.