Os ditados populares mais falados pelos paranaenses
Os ditados mais ditos no paraná permanecem firmes entre as gerações Y e Z, isso em grande parte se deve a certos costumes familiares, que aparecem nas conversas com os pais, tios e avós e demais parentes
Paranaenses revelam os ditados populares mais falados no estado. A constatação faz parte do novo estudo da Preply, onde residentes de todos os estados elegeram os provérbios favoritos em suas regiões. Eles são simples, diversos e reúnem em expressões curtas, grandes conselhos e ensinamentos. Repassados de geração a geração, talvez sejam mais comuns na boca dos pais e avós, o que não quer dizer que não sejam usados pelos mais jovens. Aliás, se você acredita que os ditados populares são coisa do passado, não poderia estar mais enganado: na pesquisa mais recente da Preply, os paranaenses não apenas confirmaram que os usam frequentemente, como elegeram os ditados favoritos no estado.
Dentro do Paraná, o queridinho regional é “a mentira tem perna curta”, presente no dia a dia de seis em cada dez entrevistados.
Para compreender quais ditados são os mais utilizados em todos os estados do Brasil, durante o último mês, mil respondentes de Norte a Sul foram indicados a avaliar dezenas de expressões típicas do nosso senso comum, identificando os provérbios populares que escutam e dizem com frequência nas regiões onde vivem. Os entrevistados ainda tiveram a oportunidade de apontar de quem costumam ouvir tais frases, bem como admitir que ditados sempre falaram errado a vida inteira, sem fazer ideia de que estavam repetindo, na verdade, a forma equivocada das máximas em questão.
Principais conclusões
“A mentira tem perna curta” (60,7%) é o ditado popular mais falado no Paraná. Pódio das frases mais usadas pelos paranaenses ainda conta com “casa de ferreiro, espeto de pau” e “quem não tem cão, caça com gato” (ambos com 50,9%).
Tanto em Curitiba ou Ponta Grossa, todo paranaense certamente concordará em um mesmo ponto: quando o assunto é as famosas ‘mentirinhas’, é impossível conseguir mantê-las por muito tempo, certo que, uma hora ou outra, toda inverdade acaba sendo desmascarada.
Outra característica marcante no Paraná também pode ser atrelada a um ditado popular querido por seus habitantes, o conhecido “casa de ferreiro, espeto de pau”, (50,9%). Nesse caso, a máxima chama atenção para a ironia que é agir de maneira incoerente ou contraditória com relação a suas próprias habilidades e aptidões.
Se de fato pensadas como reflexos de características de quem as utiliza, certa expressão dita no estado demonstra a importância dada à criatividade pelos paranaenses. Estamos falando de “quem não tem cão, caça com gato”, (50,9%), presente no ‘Top 3’, dos respondentes e cujo sentido enfatiza a importância de se enfrentar certos desafios com o que está ao nosso alcance, uma lição valiosa e que nunca sai de moda.
Não apenas os paranaenses: os ditados que todo brasileiro fala errado, são tão comuns quanto certos ditados, na verdade, versões alternativas de frases conhecidas, que acabaram se popularizando de forma equivocada no país, algo que não só os paranaenses conhecem bem. Conforme a Preply, por exemplo, cerca de 59,1% dos brasileiros admitiram utilizar “quem não tem cão, caça com gato” como sinônimo para “quem não tem o necessário, se vira como dá”, investindo nas ferramentas que possui. O que a semelhança sonora esconde é o fato de que, em sua origem, a versão correta do dito seria um pouco diferente.
Isso porque, embora boa parte das pessoas entrevistadas costumem reproduzi-la dessa maneira, a alternativa original recomenda que aqueles que não têm cão, na realidade, “cacém como gato”. Em outras palavras, agindo de maneira sorrateira, tal qual um felino atento aos perigos.
Herança cultural
Uma confusão parecida ainda reaparece quando se menciona um dos ditados mais conhecidos entre as crianças, expressão que inclusive já se transformou em cantigas e parlendas nas escolas infantis: “batatinha quando nasce se esparrama pelo chão”, pelo menos no senso comum. É que, no original, diferentemente do usado por 59% dos interrogados, a mudança é sutil: a variação “se esparrama” vem do clássico “espalha a rama”, em referência às raízes do legume. Outro exemplo “Filho de peixe, peixinho é”, esses ditados são como herança cultural.
Além das expressões favoritas dos entrevistados, algo que o estudo da Preply confirmou é o fato de que, se os ditados anteriores permanecem firmes entre as gerações Y e Z, isso em grande parte se deve a certos costumes familiares, que aparecem nas conversas com os pais (67%), avós (48,3%), irmãos (18,6%) e demais parentes (41,5%).
Não por acaso, grande parte dos respondentes de todos os estados afirmaram ouvi-los com mais frequência dentro de casa, entre conselhos e puxões de orelha que mantêm vivas essas verdadeiras tradições culturais.