Há três meses do início do próximo plano safra, entidades do setor estão se mobilizando na construção do novo plano agrícola e pecuário. Na agricultura familiar, as principais demandas giram em torno das taxas de juros e dos critérios para enquadramento no Programa Nacional de Fortalecimento à Agricultura Familiar, o Pronaf.
Nas últimas semanas, as federações regionais têm ouvido as críticas e demandas dos produtores. Junto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), eles devem entregar nos próximos dias um documento para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, com projeções e pedidos a serem incluídos no próximo Plano Safra.
“Precisamos olhar também para os programas que garantem renda aos agricultores: Seguro Agrícola, Proagro e Proagro Mais precisam ser melhorados – e melhorados bastante para atender as necessidade -, precisamos olhar e melhorar o PNAE, precisamos melhorar o PAA… pois esses programas garantem renda aos agricultores. Também, por outro lado, precisamos melhorar a qualidade de vida dos agricultores e aí nós precisamos olhar pro crédito fundiário, que ele seja remodelado, que ele funcione e, também, o financiamento para habitação rural, que traz dignidade. Junto com isso, nós precisamos rever os custos de produção. Produtor está feliz porque aumentou os preços, mas por outro lado está preocupado com os custos de produção e o óleo diesel, nós precisamos rever o preço do óleo diesel para agricultura e, em especial, para agricultura familiar”, disse o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva.
Dentre os pedidos, há também a preocupação com os cortes feitos pelo Congresso Nacional no orçamento da União em relação aos subsídios do Pronaf. Da previsão do Poder Executivo de quase R$ 3,4 bi, foram mantidos apenas R$ 2 bilhões.