Seca no Amazonas provoca emergência em 18 munípios
Na cidade de Careiro da Várzea, as casas flutuantes se dirigiram para uma área específica do rio onde ainda conseguem manter-se à tona
A prolongada estiagem que assola o estado do Amazonas há semanas está causando sérios transtornos à vida dos seus habitantes. A escassez de chuvas resultou no esgotamento de vários rios, uma situação que afeta até mesmo as residências flutuantes da região, muitas das quais estão encalhadas.
Na cidade de Careiro da Várzea, as casas flutuantes se dirigiram para uma área específica do rio onde ainda conseguem manter-se à tona. No entanto, diversas delas não conseguiram alcançar essa área segura e ficaram encalhadas.
As embarcações também enfrentam problemas nos rios agora secos. A equipe de reportagem da TV Globo teve que percorrer cerca de 30 minutos para encontrar outra embarcação menor que pudesse levá-los à comunidade do Rio Curari, um afluente do Solimões, na mesma cidade. O tempo de viagem, que costumava ser de apenas 20 minutos, agora se estende para duas horas devido às águas rasas.
Além disso, a população enfrenta desafios significativos devido à falta de abastecimento. O deslocamento entre os rios secos frequentemente exige a mudança de uma embarcação para outra, já que a primeira não consegue mais prosseguir. O fornecimento de alimentos também está sendo impactado, com atrasos significativos na entrega de produtos nas áreas mais remotas e nos comércios flutuantes. Muitos municípios já relatam escassez de água potável.
Até a manhã desta sexta-feira, 60 dos 62 municípios do Amazonas estão sofrendo os efeitos da seca. Desses, 18 já decretaram estado de emergência devido à escassez de água nos rios, falta de água encanada, escassez de água potável e atrasos no fornecimento de alimentos. A situação é alarmante e exige ações imediatas para ajudar os moradores a enfrentar essa crise sem precedentes.