Na região de Laranjeiras o aumento em relação ao ano passado fica em 30 e 40%
O preço das terras aptas para atividades agropecuárias teve elevação superior a 50% no período de um ano no Paraná. O resultado é influenciado, sobretudo, pela valorização da produção gerada. A análise publicada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, é tema do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 01 a 07 de maio.
A-III
As terras da Classe A-III, que, pelo Sistema de Classificação de Solos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), são aquelas aptas ao cultivo de grãos, apresentaram valor médio de R$ 58,9 mil o hectare este ano. Isso representa aumento de 52% ante os R$ 38,9 mil que foram levantados em março de 2020.
B-VI
No caso das terras B-VI, que são aquelas ocupadas mais por pastagens e silvicultura (cultivo de florestas para produção de madeiras e outros derivados comerciais), o incremento de valor chegou também a 52%. No prazo de um ano, passou de R$ 20,1 mil o hectare para R$ 30,6 mil.
O reajuste acima dos índices de inflação já era esperado pelo mercado e pelo Deral. Alguns dos principais produtos agrícolas do Estado apresentaram grande valorização, como é o caso da soja, com aumento de 90%; do milho, que subiu 84%; e do boi gordo, que registrou acréscimo de 53%. Em consequência, a maior demanda por áreas aptas a essas atividades pressionou o preço.
Na região
Segundo a corretora de imóveis da imobiliária Conrado, Priscila Krupk, a valorização nos preços dos terrenos rurais se aplica à região de Laranjeiras também. “Nesta época do ano, devido a colheita da soja sempre há uma valorização. Em relação ao ano passado a alta fica entre 30 e 40%”.