Vendas de CDs voltam a crescer após 17 anos, superando o famoso streaming

Contabilizando todos os formatos, as vendas de música física totalizaram U$ 1,6 bilhão nos Estados Unidos no ano passado

O streaming é a principal fonte de dinheiro da indústria da música, porém, de acordo com o relatório anual da Associação Americana da Indústria de Gravação, em 2021 a receita com vendas de CD atingiu US$ 584 milhões nos Estados Unidos, crescimento de 21% em relação a 2020. Foi o primeiro aumento desde 2004.

Crescer 21% de um resultado ruim não é muito animador, mas o destaque neste caso, é a opção que ainda movimenta cerca de R$ 3 bilhões.

A Associação, que representa as gravadoras americanas, como Atlantic, Capitol, RCA, Warner Records, Columbia e Motown Records, acredita que o crescimento de vendas de CDs ocorreu por causa da reabertura de lojas físicas de discos e da venda por artistas em seus shows, em 2021.

Contabilizando todos os formatos, as vendas de música física totalizaram U$ 1,6 bilhão nos Estados Unidos no ano passado.

O que não causa surpresa é a receita com streaming em ascensão contínua. Incluindo plataformas como rádio digital, a receita total aumentou 23,8%, para 12,4 bilhões de dólares no ano passado. Uma diferença abissal para as mídias físicas, onde as assinaturas pagas representaram 9,5 bilhões de dólares — um aumento de 23% em relação a 2020.

Ainda que os artistas exijam pagamentos altos a cada “play” nas plataformas, como Spotify e Deezer, o streaming é facilmente o mais importante gerador de renda para a indústria da música, respondendo por 83% da receita geral.

Apesar disso, o aumento nas vendas de CDs e vinis encoraja fãs dos formatos e demonstra que artistas mantém a renda desta forma, além de que lojas físicas ou virtuais de discos ainda manterão as portas abertas por um longo tempo.